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Cotidiano

TSE suspende propagandas contra Lula e Bolsonaro envolvendo pedofilia e armamentismo

Decisões foram assinadas pela ministra Maria Isabel Gallotti e pelo ministro Alexandre de Moraes, respectivamente

Maria Eduarda Guimarães

24/10/2022 às 14:06  atualizado em 24/10/2022 às 14:10

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Tribunal Superior Eleitoral

Tribunal Superior Eleitoral | Marcelo Camargo/Agência Brasil

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) atendeu nesta segunda-feira (24) as campanhas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e determinou a remoção de propagandas negativas contra os candidatos. As decisões foram assinadas pela ministra Maria Isabel Gallotti e pelo ministro Alexandre de Moraes, respectivamente.

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Na decisão que favoreceu o candidato do PL, a ministra Maria Isabel decidiu retirar do ar a propaganda petista que dizia que Bolsonaro queria "todo mundo armado" e que isso causa "mortes dentro de casa, aumentam a violência, o feminicídio e armam o crime organizado".

A ministra avaliou que a discussão de uma política armamentista é contundente pelo aumento da violência, mas há "descontextualização" da fala em relação ao crime organizado.

"Quanto à expressão 'armam o crime organizado', nesse ponto há descontextualização da fala, pois, em princípio, não há elementos que permitam vincular a política armamentista do candidato representado ao crime organizado", ponderou.

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A magistrada afirmou que a propaganda pode continuar sendo transmitida, mas o trecho que cita "crime organizado" deve ser retirado.

Vídeo contra Lula no Alemão é enganoso. Já a peça que atendeu a campanha petista foi decidida por Moraes e determinou a remoção de vídeos de perfis no TikTok, Kwai, Facebook e Twitter que insinuavam que o Lula havia quase beijado a boca de uma criança durante um comício do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. O vídeo é considerado enganoso, conforme apuração do UOL Confere.

Na decisão, o magistrado afirmou que o conteúdo se "descola da realidade" por fazer uso de imagens manipuladas.

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"O vídeo veiculado pelos representados se descola da realidade, ao fazer uso de imagens manipuladas com as legendas que remetem à pedofilia para afirmar que o candidato Luiz Inácio Lula da Silva tentou beijar a boca de uma criança", afirmou.

Além disso, Moraes apontou o fato como inverídico e, seguindo a linha da ministra Maria Isabel, disse o vídeo é descontextualizado.

"Extrai-se dos elementos contidos nos autos que a propaganda ora analisada evidencia a divulgação de fato sabidamente inverídico e descontextualizado, que não pode ser tolerada por esta Corte, notadamente por se tratar de notícia falsa divulgada durante o 2º turno da eleição presidencial", concluiu.

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