Entre em nosso grupo
2
Cotidiano
Ministro Alexandre de Moraes atendeu a pedido da campanha de Bolsonaro
Continua depois da publicidade
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes | Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, determinou na noite de ontem (16) que a campanha do candidato do PT à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, remova de seus perfis em redes sociais trecho de entrevista em que o presidente Jair Bolsonaro diz que “pintou um clima” ao se referir a adolescentes venezuelanas. Os dois disputam o segundo turno da corrida ao Palácio do Planalto.
Continua depois da publicidade
O ministro atendeu a pedido da campanha de Bolsonaro e proibiu também que o mesmo trecho da entrevista seja utilizado pela campanha adversária nas propagandas gratuitas de TV e rádio. A decisão alcança as plataformas TikTok, Instagram, LinkedIn, YouTube e Facebook, Telegrama e Kwai. O conteúdo deve ser removido imediatamente, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.
Moraes concordou com os argumentos da campanha de Bolsonaro, segundo os quais a fala do presidente foi gravemente retirada de contexto para associá-lo à pedofilia. "A divulgação de fato sabidamente inverídico, com grave descontextualização e aparente finalidade de vincular a figura do candidato ao cometimento de crime sexual, parece suficiente a configurar propaganda eleitoral negativa”, escreveu Moraes.
A entrevista de Bolsonaro a um podcast foi realizada na última sexta-feira (14), quando ele narrou que, em visita à localidade de São Sebastião, no Distrito Federal (DF), em 2021, se deparou com adolescentes venezuelanas bem arrumadas, o que, para ele, demonstraria estarem submetidas à exploração sexual para “ganhar a vida”.
Continua depois da publicidade
“Eu estava em Brasília, na comunidade de São Sebastião, se eu não me engano, em um sábado, de moto. Parei a moto em uma esquina, tirei o capacete e olhei umas menininhas. Três, quatro. Bonitas. De 14, 15 anos. Arrumadinhas, num sábado, em uma comunidade. E vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei. 'Posso entrar na sua casa?' Entrei. Tinha umas 15, 20 meninas, sábado de manhã, se arrumando, todas venezuelanas. E eu pergunto: meninas bonitinhas de 14, 15 anos, se arrumando no sábado para quê? Ganhar a vida”, contou Bolsonaro no podcast.
Em live transmitida na madrugada de domingo, Bolsonaro disse que a fala foi tirada de contexto e que sua intenção era demonstrar indignação diante da situação em que as meninas venezuelanas estavam vivendo.
“Aquelas meninas venezuelanas, que tinham fugido do seu país, fugido da fome, estavam, um pequeno grupo delas, como existem milhares pelo país, aqui na periferia de Brasília. E estavam se arrumando pra quê? Mostrei toda a minha indignação ali. Pessoas com dificuldade de ganhar a vida em plena pandemia. E mostrei a minha indignação. Falei: ‘Não quero isso pras nossas filhas, não quero pra minha filha’", explicou, na live.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade