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Cotidiano
Para o presidente, o julgamento nem deveria existir. A ação é para cassação da chapa eleita em 2018
27/10/2021 às 11:47
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O presidente Jair Bolsonaro | /Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Nesta quarta-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro, criticou o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas ações que pedem a cassação do presidente e do vice Hamilton Mourão por esquema de disparo de fake news nas eleições de 2018.
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Para Bolsonaro, o tribunal nem sequer deveria ter pautado o julgamento.
"Olha os problemas que eu enfrento, olha o julgamento no TSE de ontem. A que ponto chegou o TSE? Tem certas coisas que nem tem que colocar em pauta, tem que arquivar. Estão atrás de mim ainda achando que eu cometi fake news durante a campanha, queriam cassar a chapa", disse Bolsonaro, em entrevista à emissora de TV Jovem Pan News.
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"Que fake news contra o PT? Fake news contra o PT é dizer que é um partido de gente honesta, aí seria fake news. Que eles são contra o aborto, aí seria fake news; que eles defendem a família tradicional, daí seria fake news; que eles não são corruptos, aí seria fake news."
O TSE tem três votos contra a cassação de Bolsonaro e de Mourão.
corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Luís Felipe Salomão, e o ministro Mauro Campbell fizeram duras críticas ao chefe do Executivo, mas afirmaram que não foi comprovada gravidade suficiente que justifique a cassação da chapa. O ministro Sérgio Banhos também se posicionou contra a ação.
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O julgamento foi interrompido devido ao horário e será retomado na próxima quinta-feira (28). A corte é composta por sete integrantes. Caso haja mais um voto nessa linha, a ação será rejeitada.
As duas ações em julgamento são de autoria do PT e foram apresentadas após a Folha publicar reportagem que revelou que empresas compraram pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT via WhatsApp. Os contratos chegavam a R$ 12 milhões.
ENTENDA AS AÇÕES
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Aije 1771-28
Foi apresentada pela coligação O Povo Feliz de Novo (PT, PC do B e Pros) e questiona a contratação, por pessoas jurídicas, entre elas, a Havan, das empresas Quickmobile, Yacows, Croc Services e SMSMarket, responsáveis pelo disparo em massa, via WhatsApp, de mensagens contra PT e coligação O Povo Feliz de Novo.
A ação aponta ainda a existência de uma "estrutura piramidal de comunicação" para disseminar desinformação via grupos originários da campanha dos representados ou grupos derivados de WhatsApp. A Aije, em fase de alegações finais, teve reaberta a fase de instrução em 10 de outubro de 2019.
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Aije 1968-80
Foi ajuizada pela coligação O Povo Feliz de Novo e apresenta como fato a ser investigado a contratação da Yacows, Kiplix e AM4 Informática para a prestação de serviço de disparos em massa de mensagens de cunho eleitoral, pelo WhatsApp.
A coligação aponta uso fraudulento de nome e CPF de idosos para registrar chips de celular e garantir disparos em massa. Ainda segundo a ação, o suposto uso de robôs deve ser investigado. A Aije ainda cita que algumas das agências contratadas foram subcontratadas pela AM4. A ação está em fase de alegações finais. A reabertura da instrução foi determinada em 15 de outubro de 2019.
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