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Cotidiano

Tio de Cabelo Duro, ex-líder do PCC na Baixada Santista, é suspeito de lavar R$ 86 mi

Adriano Ferreira da Silva, o tio de Cabelo Duro, foi indiciado em investigação de lavagem do PCC

Natália Brito

12/06/2024 às 12:43  atualizado em 12/06/2024 às 12:53

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Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro, de 32 anos, era o então líder do PCC na Baixada Santista quando foi assassinado a tiros de fuzil.

Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro, de 32 anos, era o então líder do PCC na Baixada Santista quando foi assassinado a tiros de fuzil. | Reprodução/YouTube

Nesta segunda-feira (10), a Polícia Civil de São Paulo indiciou Adriano Ferreira da Silva, de 50 anos, em inquérito que apura lavagem de cerca de R$ 86 milhões de reais do tráfico de drogas do Primeiro Comando da Capital (PCC) na Baixada Santista. A matéria tem informações do "Metrópoles". 

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De acordo com o inquérito, Adriano foi proprietário de uma empresa de transporte de cargas, com sede em Mongaguá, no litoral paulista, que teria movimentado o dinheiro. O investigado é tio do ex-líder do PCC Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro, executado durante um racha da facção criminosa em 2018.

O suspeito teve sua prisão temporária decretada pela Justiça, mas não foi detido. Ele se apresentou na Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Praia Grande que é responsável pelo inquérito.

Adriano foi à delegacia no dia 16 de maio, após o prazo da ordem judicial expirar.

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Em interrogatório, o tio do ex-líder do PCC negou envolvimento com esquema do PCC, e qualquer relação com outros citados no inquérito e alegou que a atividade da empresa era lícita.

Lavagem de dinheiro 

O inquérito sobre a lavagem do PCC começou em junho de 2023, e ainda está sem conclusão. O primeiro alvo da investigação foi Karen de Moura Tanaka Mori, a Japa, que é viúva de Cabelo Duro e está em prisão domiciliar desde fevereiro. Ela também alega inocência.

A mulher tem um patrimônio milionário e é suspeita de herdar os "bens escondidos" do marido. Além disso, Karen é suspeita de liderar esquemas da facção em Santos, Cubatão e Guarujá, no litoral paulista, e na capital paulista.

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Ainda segundo a investigação, a Japa do PCC teria movimentado R$ 35 milhões após a morte do ex-líder da organização criminosa. Grampos policiais revelaram mensagens entre a Japa e outros suspeitos, uma das suspeitas é que Adriano seja um dos interlocutores que conversam a mulher pelo WhatsApp.

Interrogatório

No interrogatório, Adriano negou qualquer proximidade com a viúva do seu sobrinho e disse que utiliza celular desde que saiu da cadeia, "pelo medo de ser envolvido injustamente em alguma investigação policial". Ele tem passagem por roubo.

Ainda no interrogatório, o homem afirmou ter sido o dono da transportadora citada na investigação por menos de um ano. Ele relatou que adquiriu a empresa, "sem pagar um centavo", após assumir o compromisso de enfrentar uma "alta dívida fiscal".

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Karen de Moura Tanaka Mori, a Japa, que é viúva de Cabelo Duro/Foto: Reprodução/Polícia Civil
Karen de Moura Tanaka Mori, a Japa, que é viúva de Cabelo Duro/Foto: Reprodução/Polícia Civil
Foto: Reprodução/Polícia Civil
Foto: Reprodução/Polícia Civil
Foto: Reprodução/Polícia Civil
Foto: Reprodução/Polícia Civil
Foto: Reprodução/Polícia Civil
Foto: Reprodução/Polícia Civil
Foto: Reprodução/Polícia Civil
Foto: Reprodução/Polícia Civil
Foto: Reprodução/Polícia Civil
Foto: Reprodução/Polícia Civil

Cabelo Duro

Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro, de 32 anos, era o então líder do PCC na Baixada Santista quando foi assassinado a tiros de fuzil. O crime aconteceu na frente de um hotel, no Jardim Anália Franco, na zona leste de São Paulo, em 2018.

A morte de Cabelo Duro é um dos episódios marcantes da história recente do PCC. Na época, ele estava envolvido em uma guerra interna da organização criminosa, que foi responsável por mudanças na alta cúpula e até pôs em xeque a liderança de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.

Investigadores afirmam que Cabelo Duro foi morto por vingança. Ele teria se envolvido diretamente na emboscada contra dois líderes importantes do PCC: Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca.

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