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Cotidiano

Thammy Miranda garante que não vai assinar CPI contra Padre Júlio

Vereador afirmou que não vai assinar CPI contra padre Júlio; Rubinho Nunes anunciou que conseguiu assinaturas suficientes para levar pedido ao plenário

Bruno Hoffmann

13/03/2024 às 18:27  atualizado em 13/03/2024 às 18:42

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Thammy Miranda e Gretchen, mãe do vereador, durante filiação ao PSD

Thammy Miranda e Gretchen, mãe do vereador, durante filiação ao PSD | Bruno Hoffmann

O vereador Thammy Miranda (PSD) afirmou na noite desta terça-feira (12) que não vai assinar uma CPI na Câmara Municipal de São Paulo que pretende investigar a atuação do padre Júlio Lancelotti com a população de rua da Capital. “Essa CPI não tem a minha assinatura”, garantiu o parlamentar.

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A afirmação foi feita à reportagem da Gazeta durante filiação de Thammy ao PSD. No dia seguinte, na tarde desta quarta (14), o vereador Rubinho Nunes (União Brasil) anunciou que conquistou as 19 assinaturas necessárias para pedir uma CPI contra o religioso.

Rubinho tem a intenção de abrir uma comissão para apurar violações contra a dignidade humana, sobretudo crimes sexuais, assédio e abusos contra pessoas em situação de rua. O foco da investigação seria padre Júlio (leia mais abaixo).

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Em janeiro, quando Rubinho tentou abrir a primeira CPI que miraria o padre (àquela altura de maneira indireta), Thammy foi criticado por assinar o documento que permitiria o andamento da CPI contra o católico.

O vereador, então no PL, fez uma live com a participação de padre Júlio para explicar que não sabia que a investigação miraria o pároco.

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Ele disse que o requerimento assinado não citava o padre Júlio e que, uma vez que seja essa a finalidade da CPI, solicitou que seu nome fosse retirado do documento.

"Quando eu assinei a CPI, em nenhum momento foi citado o nome do senhor", disse Thammy, destacando que jamais assinaria algo nesse sentido.

A CPI contra padre Júlio

Apesar de não conseguir avançar na CPI em janeiro, Rubinho agora afirmou que conseguiu as assinaturas suficientesa favor da CPI. O próximo passo é levar o tema ao plenário. São necessários 28 votos dos 55 vereadores para abrir a comissão.

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Segundo o texto do requerimento, o objetivo é “apurar violações à dignidade da pessoa humana, em especial crimes contra a liberdade sexual, assédio moral, sexual, psicológico e abusos congêneres cometidos contra pessoas em situação de rua, vulnerabilidade e drogadição no município de São Paulo”.

Pelo menos três denúncias envolvendo acusações de cunho sexual contra Júlio foram apresentadas na Câmara Municipal. Uma delas refere a imagens onde supostamente o padre aparece em uma chamada de vídeo com um menor de idade em conversa com teor sexual.

A gravação circulou em 2020, e foi arquivada por falta de provas após avaliação da Arquidiocese de São Paulo e do Ministério Público.

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Uma outra é relacionada a um caso que passou a ser investigado pela Igreja Católica no mês passado, revelado pela Revista Oeste. A reportagem traz o relato do homem que, aos 11 anos de idade, teria recebido carícias indevidas do religioso na sacristia, área da igreja dedicada à preparação dos padres para missas.

A “CNN” que o homem foi ouvido e reafirmou o relato perante a Comissão de Tutela da Cúria Metropolitana de São Paulo.

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