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Cotidiano
Vereador afirmou que não vai assinar CPI contra padre Júlio; Rubinho Nunes anunciou que conseguiu assinaturas suficientes para levar pedido ao plenário
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Thammy Miranda e Gretchen, mãe do vereador, durante filiação ao PSD | Bruno Hoffmann
O vereador Thammy Miranda (PSD) afirmou na noite desta terça-feira (12) que não vai assinar uma CPI na Câmara Municipal de São Paulo que pretende investigar a atuação do padre Júlio Lancelotti com a população de rua da Capital. “Essa CPI não tem a minha assinatura”, garantiu o parlamentar.
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A afirmação foi feita à reportagem da Gazeta durante filiação de Thammy ao PSD. No dia seguinte, na tarde desta quarta (14), o vereador Rubinho Nunes (União Brasil) anunciou que conquistou as 19 assinaturas necessárias para pedir uma CPI contra o religioso.
Rubinho tem a intenção de abrir uma comissão para apurar violações contra a dignidade humana, sobretudo crimes sexuais, assédio e abusos contra pessoas em situação de rua. O foco da investigação seria padre Júlio (leia mais abaixo).
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Em janeiro, quando Rubinho tentou abrir a primeira CPI que miraria o padre (àquela altura de maneira indireta), Thammy foi criticado por assinar o documento que permitiria o andamento da CPI contra o católico.
O vereador, então no PL, fez uma live com a participação de padre Júlio para explicar que não sabia que a investigação miraria o pároco.
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Ele disse que o requerimento assinado não citava o padre Júlio e que, uma vez que seja essa a finalidade da CPI, solicitou que seu nome fosse retirado do documento.
"Quando eu assinei a CPI, em nenhum momento foi citado o nome do senhor", disse Thammy, destacando que jamais assinaria algo nesse sentido.
Apesar de não conseguir avançar na CPI em janeiro, Rubinho agora afirmou que conseguiu as assinaturas suficientesa favor da CPI. O próximo passo é levar o tema ao plenário. São necessários 28 votos dos 55 vereadores para abrir a comissão.
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Segundo o texto do requerimento, o objetivo é “apurar violações à dignidade da pessoa humana, em especial crimes contra a liberdade sexual, assédio moral, sexual, psicológico e abusos congêneres cometidos contra pessoas em situação de rua, vulnerabilidade e drogadição no município de São Paulo”.
Pelo menos três denúncias envolvendo acusações de cunho sexual contra Júlio foram apresentadas na Câmara Municipal. Uma delas refere a imagens onde supostamente o padre aparece em uma chamada de vídeo com um menor de idade em conversa com teor sexual.
A gravação circulou em 2020, e foi arquivada por falta de provas após avaliação da Arquidiocese de São Paulo e do Ministério Público.
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Uma outra é relacionada a um caso que passou a ser investigado pela Igreja Católica no mês passado, revelado pela Revista Oeste. A reportagem traz o relato do homem que, aos 11 anos de idade, teria recebido carícias indevidas do religioso na sacristia, área da igreja dedicada à preparação dos padres para missas.
A “CNN” que o homem foi ouvido e reafirmou o relato perante a Comissão de Tutela da Cúria Metropolitana de São Paulo.
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