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Denúncias poderão ser feitas pelo site da AMB | Negative Space/Pexels
Televisão, telefone, teletrabalho: em comum o prefixo téle que, em grego, significa “longe, à distância”. Então, televisão é assistir aos programas longe de onde eles são produzidos; o telefone é se comunicar com outra pessoa que está longe de você; o teletrabalho (que ficou conhecido como home office) é trabalhar longe do local físico de trabalho. A telemedicina vai nesse sentido: o paciente fica em um canto e o médico em outro.
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Mas vamos por partes. Essa modalidade da medicina, embora não seja nova, por enquanto no Brasil é autorizada por uma lei provisória, que foi aprovada por conta da pandemia da Covid-19. “Com a pandemia se viu a necessidade de ampliar as consultas à distância, os pacientes podem ser orientados e atendidos em uma escala maior”, diz o médico Roberto Debski, que também é especialista em homeopatia e acupuntura. Para que a telemedicina seja aprovada em definitivo e tenha liberação de uso em todo o Brasil, um projeto de lei foi apresentado na Câmara dos Deputados, e está em processo de análise interna antes de ser colocado para aprovação pelos deputados.
E como funciona? O paciente conversa com o médico por meio de um aplicativo de comunicação (como o Skype ou o WhatsApp), ou até uma plataforma própria do convênio médico. Todas as informações do paciente, como sintomas, exames solicitados e remédios, ficam registradas nesse sistema, de forma que possa ser acessado em outras ocasiões. Os documentos com pedidos de exames ou receitas médicas são emitidos por certificado digital. “É necessário que seja feito de maneira certificada digitalmente, para ter a comprovação que foi uma receita desse médico, um atestado, uma solicitação de exame de confiança”, explica.
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E a telemedicina não é utilizada somente para que mais pacientes possam ser atendidos – a recomendação de se evitar aglomerações é outro fator que tornou essa modalidade mais conhecida. Afinal, o pronto socorro é um dos locais onde a contaminação pelo coronavírus é muito mais comum – e ir ao hospital para tratar sintomas menos graves é bastante arriscado. A teleconsulta também é bem-vinda para locais que não têm atendimento médico. “Ela poderá ser muito útil em lugares distantes, ou quando se precisa de um apoio de um colega que está longe, para uma troca de opiniões ou discussão de caso”.
Por outro lado, a consulta pelo computador ou celular não é indicada em todas as ocasiões – o ideal é que a primeira seja feita presencialmente, até para o médico conhecer o paciente. “Mas essa primeira consulta pode também ser feita à distância, para que o paciente seja escutado, orientado, e haja um diagnóstico quando possível. E há a restrição por conta do exame físico, que não acontece. Em algum momento, essa consulta tem que ser continuada presencialmente”, diz Debski.
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Não tem como negar que essa tecnologia veio para ficar e ajudar na relação médico-paciente. Há convênios que integram os prontuários entre as unidades de atendimento, de modo que um paciente que precise de internação ou atendimento em um pronto-socorro, possa ter seu histórico médico acessado pelos profissionais de plantão. “Quanto mais houver integração de informações, sempre será melhor, e faz parte da evolução tecnológica. A boa utilização da tecnologia favorece muito a humanidade, e a telemedicina também”, completa.
Teleperícia do INSS
Em 16 de novembro, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) começou um projeto piloto de realização de perícias médicas a distância. Por enquanto, somente trabalhadores com carteira assinada podem participar. O funcionário vai até o local de trabalho e passa em consulta com o perito do INSS acompanhado de um médico da empresa. O atendimento deve ser agendado e, depois de realizado, o perito avalia se o segurado receberá o benefício. A teleperícia, como foi chamada, foi autorizada para diminuir a lista de mais de 750 mil segurados que aguardam na fila para receber o auxílio-doença da Previdência Social.
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