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Cotidiano
A senadora também fez um aceno para que o PDT integre a frente formada por MDB, PSDB e Cidadania nas eleições
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Simone Tebet é pré-candidata à Presidência | Divulgação/TV Brasil
A pré-candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet, reconheceu nesta quarta-feira (29) ter divergências com o pedetista Ciro Gomes em relação à economia, mas sinalizou que ambos se sentarão para dialogar no momento oportuno.
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A senadora também fez um aceno para que o PDT integre a frente formada por MDB, PSDB e Cidadania nas eleições.
Tebet participou de evento da CNI (Confederação Nacional da Indústria) em Brasília com pré-candidatos à Presidência da República.
Em entrevista concedida após a apresentação, Tebet foi questionada sobre um eventual diálogo com Ciro. A senadora aparece com 1% das intenções de voto na pesquisa mais recente feita pelo Datafolha. Na rodada anterior, no fim de maio, ela tinha 2%. Na mesma pesquisa, Ciro aparece com 8% -tinha 7% na anterior, de maio.
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Tebet disse ter um bom relacionamento com o pedetista. "Tenho admiração pelo trabalho dele. Agora, nós temos um problema, que é a visão que nós temos da economia, de como tirar o Brasil da crise", afirmou a senadora, que se definiu como mais liberal. "Não esse neoliberalismo sem alma, fiscalista sem alma do governo atual, mas eu sou mais liberal na economia", prosseguiu.
Na avaliação da pré-candidata, não é o momento de rever reformas, e sim de aprimorá-las. Ela também considerou não ser a hora de rediscutir a autonomia do Banco Central.
"Nós temos questões diversas na economia, mas somos democratas, pensamos no Brasil e sabemos que o Brasil precisa de um novo rumo, que não dá mais para voltar para o passado e muito menos permanecer no presente", afirmou.
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Segundo Tebet, essa percepção abre um canal para o diálogo com Ciro. "Nós vamos estar sentados no momento oportuno, até porque, como disse, temos respeito mútuo e democracia se faz com diálogo, com moderação, cada um revendo, quem sabe, seus posicionamentos e tentando chegar num meio-termo", disse. "Quem sabe ter o PDT dentro da nossa base da nossa frente democrática."
Ciro fez sua apresentação virtualmente e não falou com a imprensa depois. O pedetista abordou suas propostas para o país, como industrialização e investimento em educação, e disse ser ouvido com preconceito no Brasil.
O pré-candidato criticou o uso de emendas de relator, ferramenta que serve como base das negociações políticas no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ciro também fez críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não vai participar do evento da CNI.
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"Outro dia eu vi o Lula, que infelizmente não vai aparentemente comparecer aos senhores, dizendo (...) que viviam reclamando que a desindustrialização brasileira não sei o que, que ninguém vai pagar o progresso do Brasil com commodities", disse o pré-candidato do PDT.
"Diz ele, aspas: 'pois bem, chegou a hora em que as commodities vão valer mais que os produtos manufaturados'. Ouvir um negócio desse do favorito das pesquisas que se recusa a vir discutir seja com quem for, num desrespeito à população brasileira, é trágico, porque ele está liderando as pesquisas", afirmou.
O pedetista defendeu um "pacto pelo Brasil", de forma que os derrotados possam fiscalizar e cobrar quem ganhar a eleição. Além disso, ele prometeu recriar o Ministério da Indústria e Comércio.
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"Mas eu vou criar um grande aforamento ao redor do presidente da República para discutir, acompanhar, supervisionar, criticar e substituir prioridades do próprio projeto nacional de desenvolvimento", disse.
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