Tarcísio terá 23 mil vagas de cargos comissionados para indicação no governo de SP

O governador de São Paulo eleito, Tarcísio de Freitas (Republicanos), terá mais de 23 mil vagas para funcionários comissionados sem vínculo com o Estado, para realizar indicação política em sua equipe, segundo a Secretaria de Governo do Estado de São Paulo. 

O total de cargos de livre indicação já disponíveis corresponde a cerca de 4,2% dos 557,3 mil servidores concursados que atualmente ocupam cargos em órgãos paulistas em 645 municípios. 

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Considerando todos os trabalhadores da máquina estadual paulista, são 580.761 empregados, entre concursados e comissionados. O texto conta com informações do g1.

Até novembro, havia pelo menos 10.029 cargos comissionados vagos, sem nenhum trabalhador ocupando função, de acordo com o governo paulista Outros 13.379 cargos estão preenchidos pelos que foram indicados durante os quase 28 anos de administrações do PSDB e seus aliados no Estado.

Do total de cargos ocupados, 12.850 estão na administração direta (secretarias e órgãos públicos) e 10.558 cargos na administração indireta (autarquias, empresas públicas e fundações). 

Entre os principais cargos comissionados no Estado estão secretários, secretários executivos, diretores adjuntos, diretores técnicos, analistas, assistentes de gabinete, agentes de fiscalização, assistente de gestão, entre outros. As informações são do Portal da Transparência de SP.

Raio X dos cargos no governo de SP

• Total de cargos/servidores do estado: 580.761
• Servidores concursados: 557.353
• Cargos comissionadas disponíveis: 23.408 (12.850 na Administração direta e 10.558 na Administração indireta)
• Cargos comissionados preenchidos: 13.379 (6.880 na Administração direta e 6.499 na Administração indireta)
• Cargos comissionados vagos: 10.029 (5.970 na Administração direta e 4.059 na Administração indireta) 
• Fonte: Secretaria de Governo do Estado de SP

Governo Federal 

A soma de cargos comissionados ocupados no estado de São Paulo corresponde atualmente a cerca de 38% dos 61 mil cargos de direção, funções comissionadas ou terceirizadas que o governo federal tem atualmente disponível, segundo o 7º Boletim da Administração Direta, Autárquica e Fundacional, divulgado pelo Ministério da Economia em novembro.

No cenário federal, a força de trabalho soma 519.162 pessoas trabalhando, sendo que 1,04% delas não tem vínculo empregatício, ou seja, cargos comissionados sem vínculo com o Estado, e 10,85% de funcionários terceirizados. 

Desse total, pelo menos 7.376 são os chamados cargos de confiança que se aplicam à direção, gerência e assessoramento (DAS).

Governo de Transição 

Tarcísio confirmou nesta terça-feira (22) os 105 nomes de profissionais e políticos que farão parte da transição do governo do PSDB para o do Republicanos, a partir de 2023. 

A lista divulgada pelo coordenador-geral da Transição, Guilherme Afif Domingos, tem nomes de bolsonaristas como a deputada estadual Valéria Bolsonaro (PL) - neta do irmão do avô do presidente Jair Bolsonaro (PL) – o também deputado estadual Frederico D'Avilla - parlamentar que usou a tribuna da Alesp para xingar o papa Francisco em 2021, e o deputado estadual Guilherme Derrite (PL).

O grupo também inclui políticos ex-aliados dos governos tucanos em SP, como Filipe Sabará (ex-secretário de João Doria na Prefeitura de SP) e Lair Krähenbüh (ex-secretário estadual da Habitação do governo José Serra). 

Nomes de políticos conservadores evangélicos também chamam a atenção na relação, como os vereadores de SP Gilberto Nascimento Júnior (PSC) e Sonaira Fernandes (Republicanos), além do deputado federal Cezinha de Madureira (PSD), da Assembleia de Deus Ministério Madureira. 

A esposa de Tarcísio, Cristiane Freitas, também vai atuar na transição cuidando da área de Desenvolvimento Social, Mulheres e Direitos PCD.

“Estamos divulgando a lista dos nomes que basicamente participaram conosco do plano de governo [do candidato Tarcísio]. Agora eles estão separados em grupo e temas. A partir dos nomes e temas divulgados, vamos ter reuniões com o grupo da transição do governo de SP, para que possamos ter a contrapartida das informações”, disse Afif. 

“Nós já recebemos bons relatórios, o que significa que vai facilitar a nossa vida nessa transição, que vai ser muito tranquilo”, completou. 

Na coletiva, Afif confirmou que o governo eleito deve ter o mesmo número de secretarias atuais do governo paulista, 23 pastas no total, com “alguns possíveis remanejamentos de áreas”, afirmou.