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Cotidiano
O governador Tarcísio de Freitas cobrou liberdade de expressão e segurança jurídica no País neste domingo (25) em discurso na avenida Paulista e celebrou o legado do ex-presidente Jair Bolsonaro
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Jair Bolsonaro (PL) durante manifestação neste domingo em São Paulo | Danilo Verpa/Folhapress
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) cobrou liberdade de expressão e segurança jurídica no País neste domingo (25) em discurso na avenida Paulista e celebrou o legado do ex-presidente Jair Bolsonaro. "Eu não era ninguém", disse o governador, que ainda chamou Bolsonaro de amigo.
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"Que festa bonita. Vocês estavam com saudades de vestir verde e amarelo", disse Tarcísio.
"Viemos celebrar o verde amarelo, o estado democrático de direito e entender os seus desafios", completou o governador, ao citar liberdade de expressão e de manifestação e sem censura.
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A fala de Tarcísio ocorre no momento em que Bolsonaro é alvo de uma investigação da Policia Federal sobre uma trama golpista organizada em 2022 para impedir a posse do presidente Lula (PT).
O ato deste domingo tem como objetivo demonstrar força política de Bolsonaro e pressionar o STF (Supremo Tribunal Federal), que tem autorizado prisões e buscas em torno da investigação de uma trama golpista.
Durante o ato bolsonarista, as bandeiras de Israel foram onipresentes. Item obrigatório entre os camelôs, a bandeira do país foi escolhida pelo ex-presidente no primeiro aceno ao público em cima do trio elétrico.
Bolsonaro convocou a manifestação, organizada pelo pastor Silas Malafaia, com o alegado objetivo de se defender das acusações imputadas contra ele e defender o Estado democrático de Direito.
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Aliado e ex-ministro de Bolsonaro, Tarcísio é frequentemente cobrado por aliados próximos de Bolsonaro a se posicionar publicamente em defesa do ex-presidente.
Eles avaliam que o governador, apesar de ter sido eleito com o apoio de Bolsonaro, não é de fato comprometido com as pautas bolsonaristas. Tarcísio já afirmou que não é um bolsonarista raiz e que não quer se envolver em guerras ideológicas e culturais.
Os aliados de Bolsonaro se incomodam especialmente quando o governador e o presidente Lula têm interações amistosas, como quando os dois participaram juntos de evento para selar a parceria para a construção do túnel Santos-Guarujá.
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Também gerou irritação no próprio Bolsonaro quando Tarcísio disse, no fim do ano passado, que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), estava fazendo a coisa certa no governo. O ex-presidente reagiu afirmando que não estava tudo certo na sua relação com o afilhado político e que "jamais faria certas coisas que ele faz com a esquerda".
Após a operação da Polícia Federal que atingiu Bolsonaro, investigado por uma suposta tentativa de golpe, o governador demorou uma semana para se manifestar. Quando o fez, disse que sempre estará ao lado do ex-presidente, nos momentos bons e ruins, e que não vê como Bolsonaro poderia ser responsabilizado no caso.
Interlocutores avaliam que Tarcísio está em uma situação delicada. Ao mesmo tempo que deseja descolar sua imagem das franjas mais radicais do bolsonarismo, o governador pode acabar sendo considerado um traidor se virar as costas para o ex-presidente. E, se não for leal a ele, corre o risco de disputar contra algum candidato apoiado por Bolsonaro em uma eleição futura.
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Neste fim de semana, Bolsonaro se hospedou no Palácio dos Bandeirantes a convite do governador. O ex-presidente já ficou na sede do Governo de São Paulo em ao menos outras três ocasiões.
Bolsonaro convocou o ato deste domingo com o alegado objetivo de se defender das acusações imputadas contra ele e defender o Estado Democrático de Direito. Preocupado com a possibilidade de prisão em meio à investigação sobre a suposta tentativa de golpe, ele pediu que os apoiadores não levassem faixas e cartazes "contra ninguém", em uma estratégia para evitar a ampliação do acirramento com o STF.
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