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Cotidiano
Ex-deputado federal, ele foi um dos políticos que atuaram na campanha de Tarcísio e colaboraram com seu plano de governo
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O médico Eleuses Paiva (PSD) foi escolhido o secretário de Saúde da administração Tarcísio de Freitas (Republicanos) | Divulgação/Wesley Amaral/Câmara dos Deputados
O médico Eleuses Paiva (PSD) foi escolhido o secretário de Saúde da administração Tarcísio de Freitas (Republicanos), segundo anúncio da equipe de transição do governador eleito nesta quarta-feira (23).
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Ex-presidente da AMB (Associação Médica Brasileira), Paiva, 69, tem um perfil pró-vacina e pró-máscaras, diferentemente dos ministros de Jair Bolsonaro (PL) na área. Ex-deputado federal, ele foi um dos políticos que atuaram na campanha de Tarcísio e colaboraram com seu plano de governo.
"O Eleuses é uma pessoa de extrema confiança, tem um perfil técnico, a exemplo do que eu havia prometido para o secretariado do estado de São Paulo, e participou ativamente da construção do nosso Plano de Governo. Só tem a agregar ao nosso time em fazer a diferença em prol do estado de São Paulo", afirmou Tarcísio, em nota de sua assessoria de imprensa.
Paiva é especializado em medicina nuclear pela Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e é professor-assistente de imagenologia da Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto). Ele foi vice-prefeito de São José do Rio Preto, no interior paulista, e atuou como deputado federal -uma vez como titular e duas vezes como suplente.
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Tarcísio e o futuro secretário apostam na telessaúde para reduzir a sobrecarga na média e alta complexidades e nas urgências e emergências.
"A atenção primária é do município, mas impacta no estado se não é resolutiva. A parceria entre estado e municípios para informatizar e implementar saúde digital é necessária", disse Paiva, em evento promovido pela Folha de S.Paulo durante o período eleitoral.
Tarcísio já havia dado sinais de que destoaria de Bolsonaro na área da saúde, uma vez que afirmou ser favorável à vacina e ter se vacinado. Apesar disso, também foi criticado por se dizer contrário à obrigatoriedade da imunização.
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Além de se distanciar do perfil bolsonarista, Paiva é um dos vários integrantes do partido de Gilberto Kassab, o PSD, sigla cujo protagonismo na equipe do futuro governo gera incômodo entre aliados do presidente.
Outros cotados do grupo kassabista para assumir pastas são Guilherme Afif Domingos, coordenador da transição, o vice Felício Ramuth e os ex-secretários municipais na gestão de Kassab na capital paulista Marcelo Branco e Miguel Bucalem.
Paiva é o segundo secretário anunciado por Tarcísio. O primeiro foi Renato Feder, escolhido para comandar a Educação, que tem em seu currículo a atuação em grandes empresas e uma gestão de resultados e embates à frente da Secretaria da Educação e do Esporte do Paraná.
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Bolsonaristas veem a direita conservadora preterida na relação de 105 nomes apresentada para a transição. Para interlocutores de Bolsonaro, a insatisfação da base ideológica não deve atrapalhar Tarcísio, mas suas escolhas deixam claro que a preferência por técnicos em relação a políticos só vale quando se trata de políticos bolsonaristas -não quando se trata de políticos do PSD, por exemplo.
No entendimento de apoiadores de Bolsonaro, são listados como conservadores bolsonaristas apenas os deputados estaduais Frederico D'Ávila (PL) e Valéria Bolsonaro (PL), o deputado federal Capitão Derrite (PL) e a vereadora Sonaira Fernandes (Republicanos), que é ligada ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL). Há ainda o coronel Mello Araújo, ex-comandante da Rota que chefia a Ceagesp (companhia de entrepostos).
Os integrantes da equipe foram divididos em oito áreas temáticas. Os nomes anunciados não necessariamente farão parte do governo, segundo Tarcísio.
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Há uma mistura de pessoas que trabalharam com Tarcísio no Ministério da Infraestrutura, ex-assessores do ministro Paulo Guedes (Economia), bolsonaristas, evangélicos e membros de partidos aliados, como Republicanos, PL e PSC.
Orçamento
A equipe de Tarcísio tem se debruçado sobre a questão do Orçamento para o próximo ano. Na manhã desta quarta, no edifício Cidade 1, no centro da capital, representantes se reuniram com membros da equipe de finanças da gestão de Rodrigo Garcia (PSDB).
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A meta é enviar à Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) as modificações com inclusão de propostas do novo governo e também compensar medidas de Rodrigo, como a questão do fim do confisco de aposentados que ganham abaixo do teto. Só essa questão deve ter um impacto de R$ 2,5 bilhões, o que afetará o dinheiro previsto para investimentos.
Aliados de Tarcísio na Alesp afirmam que ao menos R$ 4 bilhões serão comprometidos com o fim do confisco e um provável aumento de 50% do teto dos servidores, por meio do reajuste do salário do governador.
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