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Cotidiano
Marton se reuniu com o governador na noite passada para preparar o anúncio que deve aconteceu na tarde desta quarta-feira (21)
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O governador eleito de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi diplomado nesta segunda-feira (19) com o vice, Felício Ramuth (PSD) | Fábio Pozzebom/Agência Brasil
Marilia Marton deve comandar a Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), cargo disputado por grupos bolsonaristas aos moderados.
O nome deve ser anunciado em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (21). Marton se reuniu com o governador na noite passada para preparar o anúncio.
Marton não era um nome esperado para o posto hoje ocupado por Sérgio Sá Leitão. Ela não surgiu entre os primeiros cotados.
Formada em ciências sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, ela foi chefe de gabinete da Secretaria de Cultura a partir de 2011, quando o município era comandado por Gilberto Kassab, e fez sua carreira na máquina pública.
Em seguida, ocupou o mesmo posto na Secretaria de Educação, já na gestão de Fernando Haddad, com Gabriel Chalita à frente da pasta.
Nos últimos anos, Marton ocupou cargos na prefeitura de São Caetano do Sul, em São Paulo. Ela também fez MBA na Fundação Getúlio Vargas.
O nome da gestora foi bem recebido pelo setor, que a veem como alguém que tem bom trânsito político e que entende de gestão pública.
Ela também seria um nome mais técnico num cargo que foi disputado por alas mais radicais –caso de Hélio Ferraz, ex-secretário de Cultura de Jair Bolsonaro, e Felipe Carmona, ex-secretário da área de direitos autorais do governo federal.
A disputa pelo comando da Cultura foi acirrada e teve perfis diferentes. O ex-executivo do Itaú Sérgio Silva de Freitas, com ligação histórica com o PSDB, Antonio Lessa, superintendente da Fundação Bienal de São Paulo com passagem pela pasta da Cultura no estado, e o atual presidente do Ibram, o Instituto Brasileiro de Museus, Pedro Mastrobuono, foram alguns dos nomes mais moderados ventilados.
A partir de 2023, Marton terá sob sua batuta mais de 60 equipamentos culturais, entre os quais alguns de tarimba internacional, como a Pinacoteca e a Orquestra Sinfônica do Estado, além de um orçamento polpudo. Não à toa a fila de pretendentes foi extensa.
Tarcísio de Freitas, ex-ministro de Bolsonaro eleito governador de São Paulo, por enquanto não deu informações concretas do que esperar para a área da cultura no estado.
É sabido, contudo, que o orçamento da pasta será robusto. Em 2022, a Cultura contou com cerca de R$ 1,1 bilhão, além de mais R$ 100 milhões do ProAC ICMS, programa de incentivo fiscal. A última cifra da Cultura no governo federal, a título de comparação, foi de R$ 1,67 bilhão.
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