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Cotidiano

Tarcísio confirma que vai privatizar Sabesp, mas vai começar com a Emae

'Tá fácil vender a Emae? Tá. Então vende a Emae primeiro', disse o governador eleito

09/12/2022 às 09:35  atualizado em 09/12/2022 às 09:40

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Declaração ocorreu durante evento nesta quinta

Declaração ocorreu durante evento nesta quinta | Paulo Guereta/Photo Premium/Folhapress

O governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou nesta quinta-feira (8) que pretende vender primeiro a Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) e depois privatizar a Sabesp. 

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A declaração foi feita em evento do banco Itaú, ao lado dos governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). 

O evento foi marcado por uma defesa enfática das privatizações por Tarcísio. 

"Interessante que sempre tem essa visão, de 'vão desfazer do patrimônio do povo'. Não, na verdade, é devolver ao povo o que é do povo. Eu fico imaginando se a gente pegasse esse dinheiro de privatização, investisse uma parte em infraestrutura, para impulsionar, para gerar riqueza, e uma parte em combate à pobreza", disse. 

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Tarcísio enumerou uma série de metas de concessão e privatizações, mas deu destaque para a Sabesp. Segundo ele, há quem prefira privatizar conjuntamente a Sabesp e a Emae, visão da qual discorda. 

"Vamos começar pela Emae, porque é uma empresa que não faz mais sentido o Governo de São Paulo ter", disse. "Vamos pensar simples, fatiar o gorila como algumas pessoas dizem. Tá fácil vender a Emae? Tá. Então vende a Emae primeiro, enquanto isso a gente vai trabalhando naquela que vai ser a grande privatização do estado de São Paulo, que é a Sabesp", disse. 

Desde que venceu as eleições, essa foi a declaração mais clara sobre o plano de privatizar a empresa. 

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A Sabesp é controlada pelo Governo de São Paulo, mas com 49,7% das ações negociadas em Bolsa, tanto em São Paulo como em Nova York. Atende 375 municípios e, em 2021, lucrou R$ 2,3 bilhões. 

A aposta dele é seguir o exemplo adotado na Eletrobras, na qual o governo diminuiu sua participação na empresa, por meio da oferta de ações, mas manteve poder de veto em questões societárias, para impedir que novos sócios tenham grande influência sobre sua gestão, por meio da chamada "golden share". 

Tarcísio também disse que pretende vender o Porto de São Sebastião e citou parcerias em obras rodoviárias e ferroviárias. 

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No próximo ano, o cronograma é no primeiro semestre do próximo ano leiloar o Rodoanel Norte e o trem intercidades, que vai ligar São Paulo a Campinas. 

Ele também citou novas licitações devido ao fim de contrato da rodovia Castelo Branco e trecho não concedido da Raposo Tavares, entre Cotia e São Paulo. 

Os nomes anunciados pelo governador eleito para seu secretariado e sua equipe de transição indicam que ele terá foco em privatizações, como fez no governo Jair Bolsonaro (PL), ampliando as desestatizações vistas em gestões tucanas anteriores. 

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Os auxiliares incluem pessoas que trabalharam na área de concessões e privatizações com Tarcísio no Ministério da Infraestrutura e pessoas próximas ao ministro da Economia, Paulo Guedes. 

A fama de privatizador rendeu a Tarcísio o apelido de "Thorcisio" entre os bolsonaristas devido à força que ele usava para bater o martelo nos leilões de ativos públicos de sua gestão. 

Logo de início, Tarcísio herdará 16 projetos de concessão ou de PPPs (parcerias público-privadas) em andamento, incluindo o Rodoanel Norte, o trem intercidades, o complexo esportivo do Ibirapuera e o parque Petar, além de concessões de rodovias e de linhas da CPTM.

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