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Cotidiano
Cinema de rua foi vendido para uma incorporadora, que quer construir um prédio no lugar; última sessão está marcada para 16 de fevereiro
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O Anexo do Espaço Itaú de Cinema, na rua Augusta | Reprodução/Google Street View
O vereador e deputado estadual eleito Eduardo Suplicy (PT) enviou nesta quinta-feira (9) uma carta a entidades de preservação do patrimônio histórico para tentar reverter o iminente fechamento do Espaço Itaú de Cinema - Anexo, na rua Augusta, na região central de São Paulo.
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A última exibição do cinema de rua está marcada para a próxima quinta (16). O espaço foi vendido para uma incorporadora, que pretende construir um prédio comercial no lugar.
Na missiva enviada para o Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) e para o Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo), Suplicy destaca a relevância do espaço de cinema e do Café Fellini, que faz parte do local.
"O Cine Café Fellini é bastante frequentado e querido pelos cinéfilos paulistanos, e está situado em um casarão da década de 1950 e foi aberto na década de 1990", diz ele.
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Ele também destaca que o Anexo era parte integrante do Instituto Goethe nas décadas de 1960 e 1970, com exibições de filmes alemães, e depois se tornou uma casa para exibição de títulos brasileiros sem espaço em salas comercial.
Por fim, o petista solicita "urgentemente aos órgãos competentes a análise da situação e a proteção deste bem tão importante à memória da cidade".
Entenda
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Na próxima quinta (16), o Espaço Itaú de Cinema - Anexo vai realizar a sua última exibição. O espaço foi vendido para uma incorporadora, que pretende construir um prédio comercial no lugar.
A sede da rede de cinemas, do outro lado da rua Augusta e que abriga salas maiores, será mantida.
O filme derradeiro será “A Última Floresta”, do diretor Luiz Bolognesi. A sessão será gratuita.
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O imóvel da rua Augusta, número 1.470, foi vendido para a incorporadora Vila 11 e deve ser demolido para abrigar um prédio comercial.
Depois das sessões da próxima quinta-feira, começa a desmontagem, com retirada de telas, cadeiras, projetores, elevador, aparelhos de ar-condicionado.
Também o Café Fellini, instalado próximo da bilheteria, terá de ser desmontado e funcionará só até domingo (19).
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Para Carlos Augusto Calil, presidente do Conselho de Administração da Sociedade Amigos da Cinemateca, o fechamento do espaço terá um impacto muito negativo "no já escasso território da exibição de cinema de rua. São pouquíssimos os remanescentes dessa atividade, em que se destaca o Espaço Itaú de Cinema - Augusta".
Há, inclusive, de outras personalidades e entidades, o pedido de tombamento das salas de cinema.
Segundo uma fonte à coluna, porém, o Conpresp “está apenas ignorando o pedido de tombamento”.
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