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Cotidiano

Cidade do interior de SP registra 71 mortes em filas por internação nas UPAs

Hospitais da Bauru recebem pacientes de outras regiões

Lucas Souza

24/06/2024 às 18:00  atualizado em 24/06/2024 às 19:20

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Bauru registra 71 mortes em fila por internação em 2024

Bauru registra 71 mortes em fila por internação em 2024 | Imagem ilustrativa/Agência Brasil

O Departamento de Emergência e Unidades de Pronto Atendimento de Bauru, no interior de São Paulo, informou que 71 pessoas morreram enquanto esperavam por um leito hospitalar na cidade, em 2024.

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Saúde em Bauru

A cidade conta com 600 leitos hospitalares, entre eles, 110 de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP). Entretanto, o sistema de saúde em Bauru não é capaz de atender à demanda, como no caso de Maurílio Vieira do Nascimento, de 55 anos.

Nascido em Bauru, Maurílio sofria com doenças renais e dores no peito. Segundo o filho, Maurílio Silva do Nascimento, o pai chegou na Unidade de Pronto Atendimento do Mary Dota na manhã do dia 16 de maio.

"Ele deu entrada na unidade por volta das 8h30. Os médicos fizeram um eletrocardiograma e disseram que precisavam transferi-lo para o Hospital de Base. Às 15h25, ainda na UPA, ele faleceu", conta Maurílio.

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Pacientes de outros municípios

Segundo a diretora do Departamento de Urgência e UPAS de Bauru, Ana Paula Merli, o sistema de saúde da cidade é responsável por atender, além de Bauru, 67 municípios, pertencentes ao Departamento Regional de Saúde de Bauru.

"Os hospitais de Bauru não são somente da cidade. São de uma DRS com 68 municípios. Esses municípios também encaminham pacientes via CROSS (Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde) para o hospital", disse Ana Paula.

Com a alta demanda, não há prazo determinado para liberação de leitos hospitalares, mas, de acordo com a diretora, a espera perdura de 3 a 5 dias.

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Via judicial

Como uma forma de acelerar o processo de espera, moradores recorrem à Justiça.

"São dezenas de medidas judiciais ao longo do mês. A população sabe que se ficar aguardando em leito de UPA, vai perder o ente querido. Procura, então, o judiciário, que responde rápido. Mas nem sempre a ordem é cumprida de imediato, já que não há vaga disponível", disse o presidente da Comissão de Saúde Pública, da OAB de Bauru, Carlos Alexandre de Carvalho.

Medidas a adotar

Segundo o presidente da OAB, é necessário evitar que os moradores precisem ser internados.

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"Precisamos tratar a consequência da superlotação. Esse tratamento vai ser como: vamos investir em um Programa de Saúde da Família, vamos ampliar o quadro de profissionais dos postos de saúde.

Porque, às vezes, a pessoa tem um tratamento simples, barato para o sistema, só que ela acaba não tendo todo esse suporte. Aí a doença se agrava, ela vai para uma UPA e não tem leito suficiente para internação", disse Carlos, segundo informações do "G1".

*Texto sob supervisão de Diogo Mesquita

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