Entre em nosso grupo
2
Cotidiano
Nesse cenário, a Cetesb aconselha as pessoas com doenças cardíacas ou pulmonares a reduzir o esforço pesado ao ar livre
Continua depois da publicidade
Apenas três dos 24 pontos de medição de qualidade do ar monitorados pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) na região metropolitana de São Paulo apresentavam índice considerado bom na manhã desta quinta-feira (24) | Arquivo/Agência Brasil
Apenas três dos 24 pontos de medição de qualidade do ar monitorados pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) na região metropolitana de São Paulo apresentavam índice considerado bom na manhã desta quinta-feira (24). Nos demais, a qualidade foi classificada como moderada.
Continua depois da publicidade
O mesmo quadro foi verificado no interior e no litoral: a maioria das cidades registrava qualidade do ar moderada e poucas apareciam com nível bom. A exceção era Cubatão -às 10h, o ponto de medição na Vila Parisi indicava qualidade do ar "muito ruim".
A escala é composta pelas classificações "boa", "moderada", "ruim", "muito ruim" e "péssima", de acordo com um índice que considera a presença de partículas inaláveis (MP10), partículas inaláveis finas (MP2.5), fumaça, ozônio (O3), monóxido de carbono (CO), dióxido de nitrogênio (NO2) e dióxido de enxofre (SO2).
"Cubatão tem um perfil específico, diferente do restante do estado", diz Maria Lúcia Guardani, gerente da Divisão de Qualidade do Ar da Cetesb. Além de ter como principal fonte de emissão de poluentes a atividade industrial, o município está ao pé da serra do Mar, configuração que dificulta a dispersão de gases e material particulado.
Continua depois da publicidade
Guardani também lembra que a escassez de chuva nesta época do ano afeta negativamente a qualidade do ar, já que a água remove os poluentes em suspensão. O quadro deve melhorar no fim de semana, quando há previsão de precipitação no estado.
Riscos do material particulado
Definido como "um conjunto de poluentes constituídos de poeira, fumaça e todo tipo de material sólido e líquido que se mantém suspenso na atmosfera por causa de seu pequeno tamanho", o material particulado era o principal poluente atmosférico no estado nas primeiras horas do dia.
Continua depois da publicidade
Esse material apresentava-se de duas formas -como partículas inaláveis com diâmetro da ordem de 10 micrômetros (0,001 centímetro) e 2,5 micrômetros (0,00025 centímetro).
"A queima de combustível emite partículas de diferentes tamanhos. As menores compõem o que chamamos de fuligem e são as mais danosas porque penetram mais profundamente no sistema respiratório. Quanto mais fina a partícula, mais difícil de tossir e expelir", diz Guardani.
As partículas menores também ficam mais tempo em suspensão, prolongando a exposição e a irritação das vias aéreas. No estado, os atendimentos por sinusite cresceram mais de 90% na comparação com os dados de 2022.
Continua depois da publicidade
Nesse cenário, a Cetesb aconselha as pessoas com doenças cardíacas ou pulmonares a reduzir o esforço pesado ao ar livre.
A especialista também recomenda medidas como evitar usar o carro e manter as janelas abertas. "Todos somos responsáveis pela poluição", lembra Guardani.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade