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Cotidiano

Mulher trans é suspeita de matar amigo, assumir sua identidade e movimentar R$ 1 milhão

A maquiadora Maryana Rimes Paulo, de 49 anos, é investigada por matar Marcelo do Lago Limeira, que também estava em processo de transição de gênero

31/08/2022 às 11:45  atualizado em 31/08/2022 às 18:14

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Maryana Elisa Rimes Paulo, de 49 anos, acusada de matar o amigo Marcelo do Lago Limeira em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo

Maryana Elisa Rimes Paulo, de 49 anos, acusada de matar o amigo Marcelo do Lago Limeira em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo | Reprodução/TV Globo

Uma mulher transexual foi presa nesta segunda-feira (29) por suspeita de matar um amigo, assumir a identidade dele e movimentar o dinheiro da vítima em transações que chegam a quase R$ 1 milhão. O caso aconteceu em São Bernardo do Campo, na Região Metropolitana de São Paulo e a prisão foi executada pela Polícia Civil. 

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De acordo com os investigadores, Maryana Elisa Rimes Paulo, de 49 anos, usou a identidade do amigo Marcelo do Lago Limeira por mais de um ano enquanto se aproveitava do patrimônio dele. 

Maryana, que trabalha como cantora e maquiadora, teria conhecido Marcelo em festas. Segundo reportagem do jornal "SPTV" da TV Globo, a vítima morava sozinha e havia iniciado o processo de transição de gênero para ser reconhecido como mulher.

Marcelo, que tinha alguns imóveis alugados em seu nome, havia passado por uma cirurgia no rosto em maio do ano passado e foi visto entrando em casa pela última vez após a realização deste procedimento estético. A partir daquele momento, Maryana passou a morar na residência da vítima.

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Segundo a polícia, Maryana matou o amigo com doses excessivas de remédios com o plano de assumir sua identidade e  seus bens.

Comparsa ajudou no crime

A suspeita teria recebido a ajuda de Ronaldo Bertolini para se livrar do corpo. Para isso, a dupla alugou uma chácara em Campo Limpo Paulista, no interior do Estado, e queimaram o corpo de Marcelo. 

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Eles chegaram a tentar enterrar os ossos, mas acabaram abandonando os restos mortais da vítima na Estrada Edgar Máximo Zambotto, que liga a Grande São Paulo ao município de Jundiaí. 

A partir de então, Maryana voltou ao ABC e, enganando funcionários do cartório, tomou a identidade legal de Marcelo.

Entre os crimes que envolvem as posses da vítima, a Polícia Civil apurou que Maryana começou a receber o dinheiro dos aluguéis das casas de Marcelo, a mesada que a tia dava a ele todo mês e ainda o valor pela venda do carro dele com uma procuração falsa. 

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“O escrevente narra que uma pessoa do sexo feminino se apresentou no cartório com os documentos originais, todos do Marcelo. E quando questionado a respeito da divergência dos documentos masculinos e de uma pessoa feminina, a pessoa explicou que ela havia feito uma transição de gênero e não tinha mudado os documentos ainda. Mas que na verdade se tratava do próprio Marcelo”, explicou o delegado Cristiano Luiz Sacrini Ferreira.

Farsa descoberta

Foi a gerente da conta bancária de Marcelo quem deu a primeira pista para a descoberta dos crimes. A funcionária recebeu de Maryana uma procuração falta, suspeitou do documento e chamou a polícia.

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“A Mariana se ressentia muito porque ela acredita que, após a cirurgia de transição de gênero, o Marcelo ficaria uma mulher mais atraente, mais bonita que ela própria”, declarou Cristiano Sacrini. 

O que dizem as partes

Procurado, o advogado que defende Mariana Paulo disse que o inquérito ainda está na fase da investigação e que qualquer informação nesse momento pode atrapalhar o trabalho da polícia. Além disso, afirmou que após concluídos todos os atos legais, a defesa vai se manifestar de forma mais completa. 

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Ronaldo Bertolini, amigo de Maryana que também é suspeito de envolvimento nos crimes, é procurado pela polícia. Os dois devem responder a processo por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, estelionato, falsidade ideológica e falsificação de documentos.

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