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Cotidiano

Sonda da Nasa registra a maior aproximação do Sol em toda a história

Equipamento foi lançado em 2018, com uma missão de sete anos em busca de coletar dados científicos do astro

Leonardo Sandre

24/12/2024 às 19:00  atualizado em 24/12/2024 às 19:41

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Sonda solar Parker da Nasa fez história ao voar mais perto do Sol do que qualquer outra espaçonave em todos os tempos

Sonda solar Parker da Nasa fez história ao voar mais perto do Sol do que qualquer outra espaçonave em todos os tempos | Divulgação/Nasa

A sonda solar Parker da Nasa fez história ao voar mais perto do Sol do que qualquer outra espaçonave em todos os tempos. A exposição do escudo térmico chegou a temperaturas escaldantes de mais de 930ºC. O fato ocorreu nesta terça-feira (24/12).

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O equipamento foi lançado em agosto de 2018, com uma missão projetada para sete anos em busca de coletar dados científicos do astro e ajudar a prever eventos climáticos espaciais que poderiam afetar a vida em nosso planeta.

Detalhes do feito histórico

O sobrevoo recorde desta terça ocorreu supostamente às 8h53 de Brasília, mas os cientistas da missão precisam aguardar até sexta-feira para obter a confirmação exata, pois o contato com a sonda é perdido por vários dias devido à proximidade com o Sol.

"Este é um exemplo das missões ousadas da Nasa, fazendo algo que ninguém fez antes para responder a perguntas de longa data sobre o nosso universo. Estamos ansiosos para receber a primeira atualização de status da nave e começar a receber os dados científicos nas próximas semanas", disse Arik Posner, cientista do programa Parker Solar Probe, em um comunicado na última segunda-feira (23/12).

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Sobre a sonda

A eficácia do escudo térmico da Parker é tão alta que os instrumentos internos da sonda permanecem em uma temperatura ambiente de cerca de 29°C enquanto ela continua sua exploração da atmosfera externa do Sol, chamada de coroa.

O deslocamento da Parker ocorre em um ritmo vertiginoso, de quase 690 mil km/h, rápido o suficiente para voar de Washington, capital dos Estados Unidos, a Tóquio, no Japão, em menos de um minuto.

"Nenhum objeto feito pelo homem jamais passou tão perto de uma estrela, portanto a Parker realmente enviará dados de um território desconhecido", disse Nick Pinkine, gerente de operações da missão no Laboratório de Física Aplicada (APL) da Johns Hopkins, na cidade de Laurel, estado de Maryland.

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Em meio às condições extremas, Parker tem ajudado os cientistas a desvendar alguns dos maiores mistérios do Sol: como se origina o vento solar, porque a coroa é mais quente do que a superfície abaixo e como se formam as ejeções de massa coronal (nuvens maciças de plasma ejetadas no espaço).

Em território nacional, o Brasil tem perdido área magnética que faz a proteção do Sol nos últimos anos.

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