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Cotidiano

Shein vai fabricar 85% dos produtos no Brasil em quatro anos, diz Haddad

Ministro anunciou um termo de compromisso firmado com a Shein para a nacionalização dos produtos ofertados pelo gigante asiático em até quatro anos

Maria Eduarda Guimarães

20/04/2023 às 14:51  atualizado em 20/04/2023 às 14:58

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Para Haddad, o acordo com a Shein facilita a conversa com outras empresas de comércio eletrônico estrangeiro, como Shoppee e Aliexpress

Para Haddad, o acordo com a Shein facilita a conversa com outras empresas de comércio eletrônico estrangeiro, como Shoppee e Aliexpress | Antonio Cruz/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou, nesta quinta-feira (20), um termo de compromisso firmado com a Shein para a nacionalização dos produtos ofertados pelo gigante asiático em até quatro anos.

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"Os produtos serão feitos no Brasil. É muito importante para nós que eles vejam o país não só como mercado consumidor, mas como uma economia de produção", afirmou Haddad.

Segundo o ministro, a Shein também se comprometeu a aderir ao plano de conformidade da Receita Federal. Em contrapartida, disse, a varejista exigiu que a regra valha para todos.

"Nós, obviamente, não queremos nada diferente. Queremos condições iguais para todo mundo. Segundo eles, se a regra valer para todo mundo, eles absorverão os custos dessa conformidade, não repassarão ao consumidor", afirmou Fernando Haddad.

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O acordo foi feito nesta manhã, em reunião no gabinete do Ministério da Fazenda em São Paulo, na avenida Paulista. O presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, foi o intermediador.

Nesta tarde, Haddad irá se reunir com o IDV (Instituto para o Desenvolvimento do Varejo). Na pauta estará a isenção de imposto para mercadorias até US$ 50 (R$ 252).

O compromisso com a Shein atende ao pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de resolver o problema da sonegação de impostos no comércio eletrônico de maneira administrativa.

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Haddad disse que irá seguir "o exemplo dos países desenvolvidos".

"Eles chamam no exterior de digital taxa, um imposto digital. Quando o consumidor comprar, ele estará desonrado de qualquer tipo de imposto. O tributo terá sido feito pela empresa, sem repassar para o consumidor nenhum custo adicional", afirmou.

Para Haddad, o acordo com a Shein facilita a conversa com outras empresas de comércio eletrônico estrangeiro, como Shoppee e Aliexpress. Estas duas já se manifestaram a favor do plano de conformidade da Receita.

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"Vai ganhar o comercio, a atividade econômica. Vamos ter geração de emprego. Estamos no caminho que me parece o justo", afirmou Haddad.

O ministro se encontra na semana que vem com governadores para acertar detalhes de como a tributação do varejo online será revertida aos estados, também prejudicados pela sonegação fiscal de marketplaces nas compras internacionais entre pessoas físicas.

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