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Professores que trabalham 40 horas por semana devem receber R$ 10 mil de abono salarial, inclusive temporários
15/10/2021 às 17:13
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O evento reuniu centenas de servidores da rede de ensino presencialmente | Flickr/Governo do Estado de São Paulo
Cerca de 190 professores da rede estadual de ensino de São Paulo receberão um abono salarial este ano. O anúncio foi feito pelo governador João Doria em mais um evento presencial com milhares de educadores nesta sexta-feira (15). O político não falou sobre reajuste salarial para a categoria durante o evento.
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Apesar do anúncio, o pagamento do abono ainda precisa ser aprovado pela Assembleia Legislativa. O projeto ainda não foi enviado pelo governador para os deputados.
O abono será pago em substituição ao bônus que normalmente é pago aos professores, com a diferença de que não será atrelado ao desempenho das escolas.
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Todos os servidores do quadro do magistério vão receber o abono, incluindo os que atuam em contratos temporários. O valor será pago de acordo com a carga horária de trabalho de cada profissional.
O anúncio é feito a um ano da eleição, no momento em que o vice-governador Rodrigo Garcia, escolhido por Doria para sua sucessão, cumpre uma agenda intensa de inaugurações na educação.
Se aprovado o projeto, um professor que tem jornada de 12 horas semanais irá receber R$ 3.000 de abono. Quem tem carga horária de 40 horas por semana vai receber R$ 10 mil. Os valores não são incorporados ao salário, ou seja, só serão pagos neste ano.
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Um professor que trabalha 40 horas semanais e recebe R$ 2.886,24, o piso da categoria, se tiver atuado durante todo o ano de 2021 poderá receber R$ 10 mil –equivalente a 3,5 salários.
"Sei o que é o sofrimento dos professores que atuam na rede pública de São Paulo e esse é um reconhecimento ao trabalho extraordinário que fizeram e colocaram São Paulo na liderança do Ideb", disse Doria na manhã desta sexta.
O governo paulista decidiu pelo pagamento do abono para cumprir uma nova regra do Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento para a Educação Básica), que prevê a obrigatoriedade de estados e municípios a destinar 70% dos recursos do fundo para o pagamento dos profissionais da área. Antes, o percentual mínimo era de 60%.
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O abono foi anunciado durante um evento no Memorial da América Latina. Cerca de 1.700 diretores, supervisores e professores estavam no auditório. Eles foram convocados pela Secretaria Estadual de Educação a comparecer ao anúncio.
Há duas semanas, o governador também promoveu um evento com aglomeração de educadores em Serra Negra, no interior de São Paulo. Na ocasião, o secretário de Educação, Rossieli Soares, dispensou o uso de máscara para falar com os profissionais.
Professores e sindicatos há meses vêm criticando o governador por convocar os servidores a participar de eventos presenciais com aglomeração. Eles argumentam que estão sendo expostos a risco desnecessário, já que as reuniões poderiam ocorrer de forma remota.
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Em julho, Doria testou positivo para Covid pela segunda vez, três dias após participar de um evento em um auditório fechado do Memorial da América Latina com mais de mil educadores.
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