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Cotidiano

São Sebastião: Turistas comemoram ausência de caixas de som em praias

O que alguns turistas celebravam era uma ausência: a de barulho alto vindo de caixas de som

Bruno Hoffmann

01/03/2022 às 17:58  atualizado em 01/03/2022 às 18:01

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Praia de Maresias, em São Sebastião

Praia de Maresias, em São Sebastião | Matheus Herbert

O turista que teve São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, como destino no Carnaval pôde contemplar nesta terça-feira (1°) um céu azul com poucas nuvens e praias com um bom público.

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Em Juquehy, que estava cheia, era fácil ver pais brincando com seus filhos pequenos e pessoas caminhando. Mas o que alguns turistas celebravam era uma ausência: a de barulho alto vindo de caixas de som.

Por volta das 13h, sob um sol de mais de 30°C, o mar de águas claras atraía diversos banhistas.

No mesmo horário, na parte rasa, o professor Robson Eder, morador da Lapa, na zona oeste da capital paulista, brincava com sua filha Maya, de 2 anos. De acordo com ele, a praia estava lotada no sábado e domingo, o que não ocorreu nesta terça-feira.

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Para ele, uma das notícias boas era a ausência de música na faixa de areia.

"Dá para aproveitar mais, é bem melhor. Uma coisa terrível neste ano, que não tinha, foi a caixa de som. Você vê que hoje não tem", relatou em tom aliviado.

Quem também comemorou a ausência de caixas de som na praia foi o empresário Michel Canha, 31. Morador de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, ele contou que buscou a praia para relaxar. "É paz. Eu vim para ouvir o barulho do mar, não para ouvir funk".

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No mesmo grupo de amigos de Canha estava a engenheira elétrica Carolina Hemp, 33, que também fez questão de se queixar do uso de aparelhos sonoros por alguns banhistas. Em sua visão, a condição em que Juquehy estava naquele momento, não tão cheia –ao menos no ponto em que eles estavam– a deixava "mais limpa".

Mesmo sob um guarda-sol, mas com o sol bronzeando seu peito, o eletricista Carlos Henrique Freitas, 30, também foi outro turista que disse procurar o litoral para contemplar suas belezas naturais. "Eu venho para ter um contato mais comigo mesmo. Com a natureza. Ficar sozinho em um ambiente coletivo", disse.

Diferente de Juquehy, a não menos badalada Maresias, também em São Sebastião, registrava um público menor de turistas por volta das 11h30.

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Ali, também era possível encontrar pessoas praticando esportes e aproveitando o sol no mar ou na faixa de areia.

Perto das pedras e do rio Maresias estavam as amigas Carolina Andretto, 29, e Talita Silva, 32. Elas contaram ter buscado a praia com a intenção de curtir alguma festa de Carnaval e também o sol.

Mostraram-se contempladas, uma vez que conseguiram curtir a folia em uma balada, além de retocar o bronzeado antes de voltarem para o interior de São Paulo, onde residem.

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A procura mais baixa por Maresias na reta final do feriado também foi relatada por um guardador de veículos. Responsável pela guarda de um estacionamento particular, ele contou que, nos dias anteriores, motoristas desesperados por uma vaga chegaram a oferecer até R$ 150 para que ele os deixasse estacionar, mesmo com o local já com lotação máxima. O valor corresponde a três vezes o preço cobrado. Nesta terça-feira, porém, havia poucos veículos no local.

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