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Cotidiano

São Paulo terá campanha focada em reduzir mortes de pedestres

Campanha educativa com o filósofo e professor Clóvis de Barros Filho destaca a importância do respeito à faixa de segurança

Natália Brito

17/07/2024 às 15:00

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Faixa de pedestres transversal

Faixa de pedestres transversal | Robson Fernandjes/Fotos Públicas

O Governo de São Paulo iniciou nesta terça-feira (16/7) uma campanha educativa sobre respeito no trânsito com o filósofo e professor Clóvis de Barros Filho. A ação tem o objetivo de reduzir acidentes e mortes de pedestres no trânsito. 

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O número de vítimas fatais na capital paulista, na contagem iniciada em 2015, se aproxima de mil. O pedestre é a parte mais vulnerável do trânsito, ao lado de ciclistas e motociclistas.

Por isso, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) determina que a prioridade na via é de quem está a pé. Mas nem sempre essa determinação tem o respeito devido.

Campanha em três etapas 

A campanha, que ficará mais de um mês em circulação, tem uma estratégia de divulgação que inclui TV, rádio, jornal impresso, mídia digital e externa (mobiliário urbano).  A ação educativa também terá ainda um Dia D, no Dia Internacional do Pedestre, em 8 de agosto, com ações de conscientização desenvolvidas na rua.

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A campanha terá três fases, ao final das quais ações de reforço e fiscalização seguirão ativas. Uma das fases terá o fim das férias como foco. As outras duas fases, terão motoristas e pedestres como foco. “Toda faixa de pedestres é um sinal. Sinal de respeito”, diz o slogan que finaliza as peças.

“Quando as primeiras propostas foram trazidas, o nome do professor Clóvis de Barros Filho foi o que despontou. Juntos, salvaremos vidas. É nosso principal compromisso”, disse o diretor-presidente do Detran-SP, Eduardo Aggio, no evento de lançamento da campanha, na tarde de terça, na B3.

CTB: pedestre é prioridade

Ao lado de cidadania, ética é uma boa palavra para resumir a nova campanha do Detran-SP. Foi essa a disciplina ministrada por Clóvis Barros Filho de 2003 a 2014, quando professor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (USP), onde se tornou PhD em Comunicação. E é ela que o filósofo evoca para conscientizar a população sobre o dever de respeitar o pedestre e a faixa.

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“Motorista: pare antes de toda faixa. Inclusive daquelas que não têm sinal”, diz o filósofo numa peça em que chama o condutor à responsabilidade. Responsabilidade prevista no Código de Trânsito Brasileiro: o CTB determina que a prioridade na via é de quem está a pé.

A prioridade do pedestre é citada no artigo 70 do CTB, enquanto o 214 enquadra o desrespeito à passagem do transeunte como infração grave ou gravíssima.

Multa e pontos na CNH 

A infração é grave, com multa de R$ 195,23 e 5 pontos na carteira nacional de habilitação (CNH), no caso de o pedestre estar em travessia fora da faixa a ele destinada ou atravessando a via transversal para onde se dirige o veículo.

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No caso de ser parte de um grupo prioritário (crianças, idosos, gestantes e portadores de deficiência física), de estar sobre a faixa ou em meio à travessia quando o semáforo abrir, trata-se de infração gravíssima, com multa de R$ 293,47 e 7 pontos na carteira. Já ameaçar um pedestre – de acordo com o artigo 170 – é infração gravíssima e leva à suspensão da CNH.

Acidentes com pedestres 

Números do Infosiga, no entanto, mostram que as determinações do CTB são esquecidas. No estado de São Paulo, de acordo com o portal do Sistema de Informações Gerenciais de Sinistros de Trânsito, do Detran-SP, os pedestres representam o terceiro grupo mais atingido e, no recorte urbano, o segundo grupo, envolvido em um quarto dos sinistros (24,8%) em 2023.

Dados do Sistema Único de Saúde (SUS) confirmam o cenário: nos últimos 10 anos, 337 mil internações por sinistro de trânsito tinham, na ficha médica, o nome de um pedestre como paciente, contra 129 mil de ciclistas e 130 mil de ocupantes de automóvel.

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Em números absolutos, quem anda a pé só perde, em vulnerabilidade, para quem se locomove em cima de uma moto. Mais de 1,1 milhão de motociclistas deram entrada em hospitais públicos na década entre 2014 e 2024.

“Empatia é se colocar no lugar do outro. Inclusive na hora de atravessar na faixa”, diz Clóvis em outro momento, em que chama a atenção do próprio pedestre. Afinal, há sinistros causados por transeuntes distraídos no celular.

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