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Cotidiano

São Paulo pode ter onda de calor de mais de 150 dias

Pesquisadores concluíram que maior parte do estado pode ter redução nos totais anuais de precipitação de chuvas

Yasmin Gomes

25/07/2024 às 19:30  atualizado em 26/07/2024 às 15:07

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Para chegar aos números, o estudo projetou dois cenários possíveis para os próximos anos

Para chegar aos números, o estudo projetou dois cenários possíveis para os próximos anos | Jason Mavrommatis/Unsplash

Uma parte do estado de São Paulo pode ficar até 6°C mais quente, além de ter ondas de calor de mais de 150 dias, segundo análise dos dados climáticos entre 1961 e 1990 comparada às projeções para o período de 2020 a 2050.

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O estudo foi realizado por pesquisadores do Instituto Geológico e da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e divulgado pela Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), que cobra do governo paulista medidas para conter o avanço do aquecimento no Estado.

Para chegar aos números, o estudo projetou dois cenários possíveis para os próximos anos:

Otimista

  • Pressupõe que os níveis de concentração de CO² (gás carbônico, um dos principais causadores do aquecimento global) fiquem estáveis após o final do século XXI;
  • Estima um futuro com redução das emissões a partir da implementação de programas de reflorestamento;
  • Diminuição das áreas de cultivos agrícolas;
  • Adoção de políticas climáticas rigorosas;
  • Menor consumo de energia proveniente de combustíveis fósseis (petróleo e carvão natural, por exemplo).

Pessimista

  • Pressupõe um nível mais elevado de CO² até o final do século;
  • Estima um futuro em que não haverá mudanças das atuais políticas públicas para redução das emissões de gases;
  • Considera um aumento das emissões de CO² no ano de 2100 três vezes maior do que as atuais;
  • Considera uma expansão de áreas agrícolas e de pastagens para suprir a demanda devido ao crescimento da população mundial, projetada em 12 bilhões em 2100;
  • Além de alta dependência dos combustíveis fósseis.

Maior aquecimento na faixa central

A pesquisa concluiu que deve haver um aquecimento da atmosfera menos intenso na faixa litorânea, e maior na região Noroeste, mais afastada do Oceano Atlântico.

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Para a temperatura máxima anual, os pesquisadores identificaram um aumento em todo o estado, variando de 0,5°C a 1,5°C no litoral norte e na Baixada Santista.

Os maiores valores de aquecimento partem de 3°C a 4°C acima da temperatura normal (considerando o intervalo entre 1961 e 1990), até 6°C com maior aquecimento do estado projetado na faixa central.

Falta de chuva

O estudo também verificou que pode haver um aumento significativo de duração de ondas de calor.

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No cenário mais pessimista, o aumento é superior a 150 dias no norte do estado. No cenário otimista, o menor aumento projetado é de 25 dias, no sul.

Com relação às chuvas, os pesquisadores concluíram que a maior parte do estado pode ter uma redução nos totais anuais de precipitação. No norte e noroeste de São Paulo, todos os cenários indicam tendência de redução.

*Texto sob supervisão de Renata Fernandes

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