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Cotidiano

São Luiz do Paraitinga troca Carnaval de rua por exposição com bonecões

Conhecida por ter um dos carnavais mais democráticos do País, a pequena cidade teve de reinventar as celebrações neste ano

23/02/2022 às 14:50  atualizado em 23/02/2022 às 14:58

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Bonecos carnavalescos em São Luiz do Paraitinga

Bonecos carnavalescos em São Luiz do Paraitinga | Adriano Vizoni/Folhapress

A cidade de São Luiz do Paraitinga, no Vale do Paraíba, resolveu vetar o seu tradicional Carnaval de rua, bem como qualquer festa particular, em decorrência da Covid-19. Mas, para que a data não deixe de ser celebrada, decidiu investir em uma exposição inédita que revela como era a farra no local antes da pandemia. 

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Conhecida por ter um dos carnavais mais democráticos do país, a pequena cidade com ar interiorano e encravada em meio a morros, deu início neste mês a Mostra Bloco a Bloco, em que reúne seus bonecões, minidocumentários e marchinhas. 

O acervo, que tem como intuito não deixar morrer a tradição carnavalesca local, pode ser visitado gratuitamente –de segunda a quinta-feira, das 10h às 17h, e de sexta a domingo, das 10h às 18h– na biblioteca municipal, na rua Cônego Costa Bueno, ao lado da igreja Matriz, no centro, até o dia 1° de março. A curadoria foi realizada pela Abloc (Associação de Blocos Carnavalescos de São Luiz do Paraitinga). 

De acordo com a prefeitura, o "intuito dos organizadores é mostrar as raízes e a tradição de um dos carnavais mais pitorescos do Brasil". 

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Assim que chega à parte externa da biblioteca, o visitante tem acesso a uma gama de objetos ligados à cenografia carnavalesca, como tecidos, fitas coloridas e fotografias. Ainda no âmbito cenográfico, há a apresentação de 24 minidocumentários exibidos em uma TV, com imagens dos desfiles dos blocos e depoimentos. 

No eixo plasticidade, é possível visualizar os bonecões, entre os quais o do ator Mazzaropi. Já as marchinhas podem ser ouvidas acessando o próprio celular, via QR Code inserido nas placas descritivas. 

Litoral paulista 

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Ubatuba, no litoral norte, também não terá desfiles pelas ruas. No entanto, os eventos particulares são permitidos pela prefeitura. O Carnaval no Cafe de la Musique, por exemplo, tem valores que vão de R$ 200 a R$ 3.000 (valor do camarote por três dias para até seis pessoas). 

Em Caraguatatuba, conforme a prefeitura, festas com mais de 500 pessoas devem possuir autorização prévia da Vigilância Sanitária.

Ilhabela também resolveu autorizar as festas privadas, desde que atendam aos critérios sanitários. O limite de pessoas depende do alvará de cada estabelecimento.

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Em Santos, as atividades estão restritas à capacidade do público em 70% do total permitido, além da obrigatoriedade do uso de máscaras, distanciamento e protocolos de higiene.

Festas canceladas

No interior de São Paulo, há cidades que cancelaram toda a programação carnavalesca e até o tradicional ponto facultativo do Carnaval, enquanto outros municípios optaram apenas pela suspensão das atividades promovidas pelas prefeituras, permitindo a realização de eventos privados.

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Em Campinas, a prefeitura cancelou todos os eventos alusivos ao Carnaval, mesmo particulares, como forma de evitar a propagação da Covid-19.

Com 4.881 óbitos na pandemia, nove deles confirmados na última sexta-feira (18), a cidade mais populosa do interior paulista anunciou ainda em janeiro o cancelamento geral dos eventos.

Antes disso, em novembro, já tinha sido anunciado o cancelamento dos eventos públicos. "Entre os eventos cancelados, estão blocos de rua e festividades em espaços particulares, como clubes, salões e atividades organizadas pelo setor privado", informou a administração do prefeito Dário Saadi (Republicanos).

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No mesmo dia em que anunciou o cancelamento do Carnaval, a prefeitura divulgou que reduziria de 100% para 50% a ocupação de público em eventos de entretenimento, culturais, esportivos e de lazer.

Em Taquaritinga, na região de Ribeirão Preto, um decreto da prefeitura suspendeu qualquer tipo de festejo carnavalesco desde o dia 1º até 15 de março, tanto em ambientes públicos quanto privados.

A determinação abrange clubes, sítios, chácaras, praças, ruas, estabelecimentos comerciais, edículas de festas e repúblicas e, em caso de descumprimento, resultará em multas entre R$ 10 mil e R$ 150 mil ao dono do imóvel.

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Além disso, a prefeitura decidiu que as repartições públicas municipais funcionarão normalmente nos dias 28 deste mês e 1º e 2 de março, sem a decretação de ponto facultativo.

Outra cidade que cancelou o seu Carnaval é Bauru. O tradicional desfile de escolas de samba e blocos da cidade já tinha sido suspenso em dezembro, após reunião da Secretaria da Cultura com dirigentes carnavalescos.

Guararema é outra cidade que decretou, neste mês, a proibição da realização de eventos no período de Carnaval, sejam eles em áreas públicas ou particulares.

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O decreto é válido entre a próxima quinta-feira (24) e o dia 1º de março e tem como objetivo evitar aglomeração de pessoas. O descumprimento do decreto resultará em multa de até R$ 1.647.

"Donos de estabelecimentos poderão realizar atividades de Carnaval desde que respeitado o limite de pessoas expresso no alvará de funcionamento", diz trecho de comunicado da prefeitura.

Depois de anunciar em novembro a transferência de eventos carnavalescos do centro para a Lagoa da Chapadinha, a Prefeitura de Itapetininga decidiu cancelar a programação no local. Além do desfile de escolas de samba, o Carnaval teria exposição de artesanato e um festival.

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Em outras cidades, eventos de rua estão cancelados, sob a alegação de não ser possível ter controle de público, mas eventos privados poderão ocorrer. São os casos de cidades como Ribeirão Preto e Piracicaba, por exemplo.

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