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Cotidiano
Cidade volta a apresentar, pelo 2º mês consecutivo, qualidade do ar considerada 'muito ruim' pela Cetesb; município da Grande SP é o único a alcançar o índice
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Centro de São Bernardo do Campo | Divulgação/PMSBC
Uma estação de medição de qualidade de ar da Cetesb no centro de São Bernardo do Campo foi a única da Grande São Paulo, incluindo a Capital, a registrar qualidade do ar “muito ruim” em março deste ano para a concentração de ozônio. Em fevereiro, o município também apresentou o índice negativo de forma exclusiva na região metropolitana da Capital.
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Segundo a Cetesb, o centro de São Bernardo ficou 3% do tempo com qualidade do ar “muito ruim”, enquanto o nível considerado bom apareceu em 68% do período. Os índices registrados pela companhia são "bom", "moderado", ruim", "muito ruim" e "péssimo".
Já a qualidade do ar ruim surgiu em 16% das medições, enquanto moderada esteve em 13%.
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Segundo o relatório de fevereiro, em 3% do período analisado no município a qualidade do ar foi "muito ruim" e em outros 3% "ruim". Já na categoria "moderada" ficou durante 18% do tempo. "Boa" representou 76% do período analisado.
No mês anterior, em janeiro, a cidade não chegou ao índice de "muito ruim" em nenhum momento.
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Por outro lado, as medições de Diadema e de Guarulhos-Paço Municipal só estiveram entre as categorias "boa" e "moderada", sem chegar sequer ao nível "ruim", contando os municípios da Grande São Paulo.
Os postos de medição da Cidade Universitária, Grajaú, Ibirapuera, Mooca, Perus, Pico do Jaraguá, Pinheiros, Santana e Santo Amaro, todos na Capital, também tiveram pontuações semelhantes.
Segundo o relatório da Cetesb, das 23 estações de monitoramento atmosférico da Grande São Paulo, cinco não registraram a qualidade do ar por dias suficientes em março para entrarem nas estatísticas: Capão Redondo, Guarulhos-Pimentas, Mauá, Nossa Senhora do Ó e São Caetano do Sul.
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Capão Redondo só funcionou durante 9 dias, e Mauá por 20. Já as outras três não tiveram medição em nenhum momento.
Segundo Maria Lúcia Guardani, gerente da Divisão de Qualidade do Ar da Cetesb, todas as estações da companhia passam por manutenção periódica e estão em bom estado de funcionamento, porém questões pontuais podem afetar a medição em dias específicos.
“Essas questões podem ser provocadas, por exemplo, por falhas na temperatura do ar-condicionado que cada estação tem para funcionar corretamente, por problema no envio do sinal da internet e até por ações da natureza”, explicou a gerente, em março.
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No caso da ausência de dados de Nossa Senhora do Ó, Maria Lúcia afirmou que o instrumento que mede o poluente ozônio estava em manutenção, mas que outros medidores do equipamento se mantinham funcionando normalmente.
Em São Caetano do Sul a estação foi desativada a pedido da prefeitura, para a ampliação de uma unidade de saúde, explicou a companhia.
Ela também garantiu que os dados aferidos nos bairros são registrados automaticamente, sem interferência humana. Com isso, não há risco de dados serem manipulados para os relatórios amenizarem possível queda na qualidade do ar, por exemplo.
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A concentração de ozônio, conforme a própria companhia, pode causar agravamento para toda a população "dos sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta e ainda falta de ar e respiração ofegante”.
Os efeitos podem ser ainda mais graves à saúde de grupos sensíveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas. Os dados estão Boletim Mensal da Qualidade do Ar para o Estado de São Paulo.
O poluente medido pela Cetesb é o ozônio, formado pela reação entre os óxidos de nitrogênio (emitidos por processos de combustão, veicular e industrial) e dos compostos orgânicos voláteis (emitidos em queima de combustíveis automotivos e em processos industriais), na presença de luz solar.
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Historicamente, de acordo com a Cetesb, as concentrações mais elevadas ocorrem com mais frequência no período da primavera e do verão, época em que a incidência da radiação solar é mais intensa e as temperaturas são mais elevadas.
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