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Cotidiano
Apesar de insuficiente, o novo mínimo terá o maior poder aquisitivo desde 2020
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Cesta básica de alimentos deverá custar R$ 850 neste mês | Daniel Dan/Divulgação
O Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese) estima que a cesta básica de alimentos deverá custar R$ 850 neste mês, na média das capitais pesquisadas.
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Com isso, o novo salário mínimo em vigor desde 1º de janeiro conseguirá comprar 1,79 cesta básica. Em outras palavras, o conjunto de alimentos e produtos de higiene necessários para abastecer uma família com quatro pessoas por dez dias custará 56% do salário mínimo, fixado pelo Governo Federal em R$ 1.581.
Apesar de insuficiente, o novo mínimo terá o maior poder aquisitivo desde 2020, quando conseguia comprar 1,88 cesta básica.
O auge do poder de compra do salário mínimo foi nos dois últimos anos do governo do ex-presidente Michel Temer (2016/2018), após uma valorização contínua do piso salarial após a criação do Plano Real (1994).
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Essa escalada começou em 1996, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Naquele ano, o mínimo comprava o equivalente a 1,14 cesta básica. E o aumento real no salário, ou seja, acima da inflação, continuou nos dois primeiros mandatos de Lula (2003/2010) e durante o governo Dilma Rousseff (2011/2016), ampliando o poder de compra dos mais pobres.
Mas, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, a política de valorização do piso salarial inverteu a tendência.
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Dados do Dieese apontam uma redução de aproximadamente 25% na capacidade de compra de alimentos por parte das classes C e D entre 2019 e 2022.
No final do mandato de Bolsonaro, o salário mínimo comprava o equivalente a 1,59 cesta básica, o menor valor.
A política pública de formação da cesta básica foi instituída pelo ex-presidente Getúlio Vargas em 1938, portanto, cinco anos antes da criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em 1º de maio de 1943.
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Desde março do ano passado, a lista de alimentos que integram a cesta foi alterada por decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, priorizando alimentos in natura.
E a nova cesta básica tem alimentos de dez grupos diferentes, entre feijões (leguminosas); cereais; raízes e tubérculos; legumes e verduras; frutas; castanhas e nozes (oleaginosas); carnes e ovos; leites e queijos; açúcares, sal, óleo e gorduras; café, chá, mate e especiarias.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, o intuito com a nova cesta é evitar a ingestão de alimentos ultraprocessados, que, conforme apontam evidências científicas, aumentam a prevalência de doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, hipertensão e diversos tipos de câncer.
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