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Cotidiano

Rússia suspende missão diplomática na Otan após acusação de espionagem

'A Otan não está interessada em um diálogo equitativo e em um trabalho conjunto', afirmou o ministro russo das Relações Exteriores

Maria Eduarda Guimarães

18/10/2021 às 14:02

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O presidente russo Vladimir Putin

O presidente russo Vladimir Putin | ALEXEI DRUZHININ/ASSOCIATED PRESS

A Rússia anunciou nesta segunda-feira (18) a suspensão de sua missão diplomática na Otan, após a aliança militar ter expulsado oito representantes russos, acusados de espionagem.

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"A Otan não está interessada em um diálogo equitativo e em um trabalho conjunto", afirmou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, informando que as medidas entrarão em vigor em 1º de novembro. "Se esse é o caso, então não vemos a necessidade de continuar fingindo que mudanças em um futuro próximo são possíveis."

Concretamente, a Rússia suspenderá indefinidamente tanto sua missão em Bruxelas quanto a missão da Otan na embaixada da Bélgica em Moscou.

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Segundo Lavrov, se os membros da aliança tiverem que resolver algum assunto urgente, poderão entrar em contato com o embaixador do país na Bélgica.

A Otan afirmou que "soube das declarações do ministro Lavrov pela imprensa". "Não temos nenhuma comunicação oficial sobre o assunto", afirmou uma porta-voz da Aliança, Oana Lungescu.

No dia 6 de outubro, a Otan suspendeu o credenciamento de oito membros da missão russa, afirmando que eles eram "agentes de inteligência não declarados".

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A disputa é o último episódio das já tensas relações entre Moscou e as potências ocidentais. A Rússia acusa a Otan de cobiçar territórios perto de suas fronteiras, como Ucrânia e Geórgia, duas ex-repúblicas soviéticas que Moscou ainda considera parte de sua esfera de influência.

A aliança, por sua vez, diz que está determinada a reforçar a segurança de países membros próximos à Rússia após a anexação da Crimeia por Moscou em 2014.

"Atividades maliciosas" No início de outubro, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, acusou Moscou de aumentar suas "atividades maliciosas" na Europa.

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A Rússia respondeu dizendo que a aliança político-militar, fundada em 1949 pelos rivais da União Soviética, demonstrou sua rejeição em normalizar as relações com o país.

Em março de 2018, a aliança militar já havia decidido retirar as credenciais de sete membros da missão russa e expulsá-los da Bélgica, após o envenenamento de Serguei Skripal, um ex-agente russo, e de sua filha no Reino Unido.

Posteriormente, o número de credenciamentos para a missão russa em Bruxelas foi reduzido de 30 para 20. Em 7 de outubro de 2021, ainda mais, até restarem 10.

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Apesar das fortes tensões, desde 2014 o alto comando militar russo se reuniu várias vezes em terceiros países com líderes militares da Otan e do Pentágono.

Em fevereiro de 2020, o chefe do Estado Maior russo, Valeri Guerasimov, se encontrou no Azerbaijão com o comandante supremo da Otan para a Europa, o general americano Tod Wolters.

Em setembro de 2021, Guerasimov teve um encontro em Helsinki com seu homólogo americano Mark Milley, após uma conversa anterior em dezembro de 2019.

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