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Cotidiano
Operação Speed Bike foi implementada para combater a prática criminosa com o uso de bicicletas na região central
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Estudo identificou que maioria dos roubos e furtos de celulares registrados no local era feito com bicicletas à tarde | Divulgação/SSP
Um estudo realizado pela Polícia Civil identificou que a maioria dos roubos e furtos de celulares registrados na região da avenida Paulista, em São Paulo, era feito com bicicletas e no período da tarde. A análise foi feita no final do ano passado e divulgada nesta terça-feira (22/10) pelo governo do Estado.
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De janeiro a agosto deste ano, houve 6,8 mil boletins de roubo ou furto de celulares registrados na avenida Paulista. O local, aliás, será interditado entre esta terça (22/10) e a quarta (23/10).
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os dados representam queda de 25% em relação aos 9,1 mil registros no mesmo período do ano passado, conforme levantamento do 4º Distrito Policial (Consolação) e do 78º Distrito Policial (Jardins), responsáveis pela área.
Segundo a SSP, inicialmente parte dos criminosos fingia ser entregador de aplicativo. A constatação foi feita após planejamento de combate ao crime no local pela delegada Ana Lúcia de Souza, que ficou por um ano e nove meses como titular do 78º Distrito Policial (Jardins).
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Após realizar estudos com base nos relatos das vítimas e nos boletins de ocorrência, ela constatou o “modus operandi” dos criminosos, que ajudou a polícia a fechar o cerco contra eles.
Assim, para combater os assaltos, a SSP implantou a Operação Speed Bike na avenida Paulista e imediações. Isso porque a região representava a maior concentração de índices criminais na área do 78º DP, com 32% do total.
Os estudos identificaram ainda que 46% dos furtos de celulares na área eram cometidos na parte da tarde, enquanto 41% dos roubos ocorriam à noite.
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Até o dia 30 de setembro, o 78º DP prendeu 92 pessoas, recuperou 75 celulares e apreendeu mais de 270 bicicletas. A maioria dos detidos, inclusive menores, já tinha antecedentes criminais.
O aplicativo Speed Bike, desenvolvido para os policiais da unidade, ajudou nas prisões. Ele cruza dados das abordagens com as informações já existentes no sistema, facilitando a prevenção e o esclarecimento de casos.
A ferramenta permite identificar e qualificar o suspeito no local. O policial pode consultar o histórico do suspeito, incluindo abordagens anteriores, dias e horários, além de verificar se portava objetos de valor ou “bags”. Isso permitiu à polícia desvendar mais crimes do que o previsto.
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A delegada Ana Lúcia de Souza explica que a bicicleta é usada em assaltos por facilitar a fuga. “O suspeito consegue roubar em movimento e fugir rapidamente. A bicicleta permite acessar lugares onde carros e motos não passam”, diz.
Durante a operação, as bicicletas são apreendidas por não terem origem comprovada.
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