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Cotidiano

Rodrigo tem 24% de aprovação na corrida pelo governo de SP, diz Datafolha

Os índices representam um resultado superior ao do ex-governador João Doria (PSDB)

01/07/2022 às 09:28  atualizado em 01/07/2022 às 09:32

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Rodrigo Garcia (PSDB)

Rodrigo Garcia (PSDB) | Governo de São Paulo

Depois de três meses à frente do Governo de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB) tem sua gestão aprovada por 24% dos paulistas e reprovada por 15%, de acordo com pesquisa Datafolha. Outros 47% consideram seu trabalho regular e 14% não souberam opinar.

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Os índices representam um resultado superior ao do ex-governador João Doria (PSDB), que, ao deixar o cargo em abril passado, teve 23% de avaliação positiva, 36% negativa e 39% regular.


A pesquisa Datafolha ouviu 1.806 pessoas em 61 municípios de São Paulo entre terça (28) e quinta (30). A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no TSE com os números SP-02523/2022 e BR-01822/2022.


Em busca da reeleição ao Palácio dos Bandeirantes, no cenário sem Márcio França (PSB), Rodrigo aparece empatado em segundo lugar com Tarcísio de Freitas (Republicanos), ambos com 13%. Fernando Haddad (PT) lidera, com 34%.

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No cenário com França, Rodrigo teria 10%, atrás de Haddad (28%) e do pessebista (16%) e tecnicamente empatado com Tarcísio (12%).


A avaliação de Rodrigo à frente do Governo de SP melhora entre os mais velhos, chegando a 30% de ótimo ou bom entre quem tem mais de 60 anos. Já entre quem tem de 16 a 24 anos, 17% consideram a gestão positiva.


A aprovação vai a 33% entre empresários, cai para 9% entre estudantes e chega a 18% entre quem tem ensino superior.

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Quem vive na capital e diz que o governo é ótimo ou bom soma 19%, enquanto no interior a pontuação sobe para 28%.
Rodrigo é nascido em Tanabi (SP) e tem reforçado a imagem de caipira ligado ao interior e à agropecuária.


O índice de ruim e péssimo, por sua vez, que é de 15% na média, vai a 22% entre quem tem ensino superior e entre funcionários públicos.


Rodrigo é mais reprovado (29%) entre aqueles que declaram o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, como sigla de preferência. Já entre os que preferem o PSOL os pontos sobem para 37%.

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Aqueles que têm renda familiar mensal de até dois salários mínimos se dividem entre 28% que consideram a gestão tucana boa ou ótima, 44% que a veem como regular e 14% que declaram ser ruim ou péssima.


A avaliação entre os mais ricos, que recebem mais de dez salários mínimos, é de 25% de aprovação, 38% de regular e 30% de reprovação.


A desistência de Doria de concorrer à Presidência da República, anunciada em 23 de maio, facilitou a vida de Rodrigo, que busca se descolar do antecessor, de quem foi vice, para não se contaminar com a rejeição do ex-governador.

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Desde que assumiu o Palácio dos Bandeirantes, Rodrigo praticamente não teve agendas públicas com o ex-governador. A relação entre eles foi abalada depois que Doria quase desistiu de renunciar, o que atrapalharia a ambição eleitoral do vice.


De acordo com tucanos, o abandono de Doria por Rodrigo foi um dos fatores preponderantes para que o ex-governador não levasse adiante sua candidatura ao Planalto.


No intuito de se desvincular de Doria, o atual governador se apresentou ao eleitor como um político experiente, que já atuou com cinco gestões diferentes em São Paulo. Também interrompeu a sequência semanal de entrevistas à imprensa que se tornaram uma espécie de ritual do antecessor.

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No governo, ele trocou o comando de pastas estratégicas, como Segurança Pública, Educação, Governo e Desenvolvimento Econômico. Mas, na área política, segue assessorado por então aliados de Doria no PSDB, partido ao qual se filiou em maio de 2021 após deixar o DEM.


Nesta quinta-feira, em uma medida para agradar o eleitorado, Rodrigo anunciou que não haverá reajuste nos preços de pedágio neste ano para não "onerar o bolso dos paulistas".


À frente do governo, Rodrigo endureceu o discurso da segurança pública e intensificou as operações policiais, num aceno para o eleitorado de direita e conservador. Para agradar os policiais, ele entregou 27 mil novas pistolas.

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Nesta quarta-feira (29), afirmou que as armas não são para que os policiais façam "cafuné na cabeça de bandido". Em 4 de maio, disse que "em São Paulo, o bandido que levantar arma para a polícia vai levar bala".


Rodrigo tem mirado especialmente os eleitores de Tarcísio, seguindo a avaliação de que a esquerda estará no segundo turno com Haddad. Evocando para si o título de paulista raiz, pretende fazer um contraponto ao ex-ministro, que é nascido no Rio.


O governador também tem criticado a polarização nacional na tentativa de abrir espaço entre o petista e o bolsonarista para crescer eleitoralmente.

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"O Brasil vive hoje uma guerra de narrativas, uma briga ideológica, e isso não resolve o problema das pessoas", disse em seu primeiro compromisso como governador, em 1º de abril.


"Eu não entrei na política para mudar a ideologia de ninguém, entrei na política para mudar a vida das pessoas. Não entrei na política para tentar convencer alguém de que o que eu penso é correto. Como gestor público, tenho que governar para todos, [...] de direita, de esquerda ou de centro", completou.


A estratégia segue a cartilha que reelegeu Bruno Covas (PSDB) prefeito de São Paulo em 2020. Ele repete um discurso centrista e de pragmatismo, que se concentra em vitrines locais.

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Rodrigo tem desempenho semelhante entre eleitores de Lula e de Bolsonaro. Lulistas se dividem entre 24% de bom ou ótimo, 48% de regular e 16% de ruim ou péssimo. Entre os bolsonaristas os índices são, respectivamente, 27%, 45% e 15%.


Os adversários de Rodrigo na corrida estadual, porém, não veem margem para uma terceira via em São Paulo, mas tampouco menosprezam o poder da máquina estatal.


Por meio de um novo programa, o Governo na Área, o tucano tem percorrido o estado para uma série de entregas e liberações de verbas às prefeituras. Seu objetivo é também tornar-se mais conhecido para o eleitor paulista.

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A ampliação das unidades do Poupatempo e do Bom Prato são um dos carros-chefe da gestão, que também ampliou os gastos com obras de pavimentação -em mais uma briga velada com Tarcísio.


Ao completar três meses de governo, em março de 2007, José Serra (PSDB) tinha 39% de aprovação, 16% de reprovação e 37% o consideravam regular.


Em março de 2011, também com três meses de gestão, Geraldo Alckmin (então no PSDB e hoje no PSB) teve 48% de aprovação e 14% de reprovação, enquanto o índice regular foi de 29%.

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