Entre em nosso grupo
2
Cotidiano
Uma estimativa que leva em conta que os pré-candidatos irão conseguir fechar acordo com seus partidos aliados aponta que o tucano deve ter em torno de 4 minutos
11/07/2022 às 09:33 atualizado em 11/07/2022 às 09:37
Continua depois da publicidade
Rodrigo Garcia (PSDB) | Governo de São Paulo
Se conseguir formalizar uma coligação com os dez partidos que pretende, o governador Rodrigo Garcia (PSDB), que concorre à reeleição neste ano, terá quase o dobro do tempo de TV que seus principais adversários na corrida para o Governo de São Paulo.
Continua depois da publicidade
Uma estimativa que leva em conta que os pré-candidatos irão conseguir fechar acordo com seus partidos aliados aponta que o tucano deve ter em torno de 4 minutos e 18 segundos no horário eleitoral obrigatório de TV e rádio.
O líder da disputa, Fernando Haddad (PT), teria cerca de 2 minutos e 15 segundos, enquanto Tarcísio de Freitas (Republicanos) teria um tempo semelhante, de 2 minutos e 22 segundos.
Os outros pré-candidatos com direito a tempo de TV são Elvis Cezar (PDT) com algo próximo de 43 segundos e Vinicius Poit (Novo), que teria 21 segundos aproximadamente.
Continua depois da publicidade
Gabriel Colombo (PCB), Altino Junior (PSTU) e Abraham Weintraub (PMB) estão em partidos que não atingiram a cláusula de desempenho na eleição de 2018 e, portanto, não têm direito à propaganda gratuita na TV e rádio.
A última pesquisa Datafolha mostra Haddad com 34%, enquanto Rodrigo e Tarcísio empatam com 13%.
A estimativa do tempo de TV já leva em conta que Márcio França (PSB) desistiu de disputar o governo para concorrer ao Senado na chapa de Haddad.
Continua depois da publicidade
Com isso, o petista teria em sua coligação a federação formada por PT, PC do B e PV, além do PSB. Os cálculos incluem ainda a provável aliança com a federação PSOL/Rede, que não foi oficializada.
Já para Tarcísio foi considerado que ele formará uma coligação com Republicanos, PSD, PL, PSC e PTB.
E Rodrigo teria a federação PSDB/Cidadania, além de União Brasil, MDB, PP, Podemos, Solidariedade, Patri, Pros e Avante –apenas os seis maiores, no entanto, são considerados para a distribuição da propaganda eleitoral.
Continua depois da publicidade
Até agora, Cezar e Poit contam apenas com seus próprios partidos.
As pontas soltas na eleição de São Paulo foram em parte resolvidas nos últimos dias, o que permite estimar o desenho das coligações de cada candidato.
O principal imbróglio, entre França e Haddad, foi definido com a retirada do pessebista, acertada no último domingo (3) e oficializada em evento neste sábado (9), com a presença de Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) em Diadema (SP).
Continua depois da publicidade
França estava em segundo lugar nas pesquisas para o Palácio dos Bandeirantes, mas viu o caminho rumo ao Senado se abrir a partir da desistência do apresentador José Luiz Datena (PSC), no fim de junho. Datena era considerado favorito e disputaria na chapa de Tarcísio.
Por outro lado, o PSOL, que pleiteava a vaga para o Senado na chapa petista, agora ameaça lançar um candidato em paralelo. O desentendimento é mais um obstáculo para que o PSOL integre a coligação de Haddad, algo esperado pelos petistas.
Tarcísio, por sua vez, recebeu o apoio do PSD, de Gilberto Kassab, na quinta-feira (7). O partido retirou a pré-candidatura de Felício Ramuth, que foi anunciado como candidato a vice na chapa bolsonarista. A decisão de Kassab por Tarcísio, e não por França, também ajudou a enterrar a pré-candidatura do PSB.
Continua depois da publicidade
Rodrigo também mexeu peças do seu xadrez nesta semana em busca de amarrar a União Brasil, que, ao lado de MDB, é o principal partido da coligação. O presidente da sigla, Luciano Bivar, que concorre ao Planalto, havia ameaçado não apoiar o tucano, já que o PSDB optou pela presidenciável Simone Tebet (MDB).
O governador decidiu, então, dividir seu palanque entre Tebet e Bivar e deu declaração pública de apoio ao pré-candidato da União –o que reaproximou o partido.
A aliança entre União e Rodrigo, anunciada também na quinta, é o que garante ao tucano a larga vantagem no tempo de TV. A sigla, resultante da fusão entre PSL e DEM, é a maior do país em número de deputados e, portanto, em tempo de TV e fundo eleitoral.
Continua depois da publicidade
A campanha eleitoral começa oficialmente em 16 de agosto, sendo que a propaganda gratuita referente ao primeiro turno tem início em 26 de agosto e é veiculada até 29 de setembro. O primeiro turno será em 2 de outubro.
No caso dos candidatos a governador, o horário eleitoral dura dez minutos e será exibido às segundas, quartas e sextas em dois horários diferentes. Dez por cento desse tempo é dividido igualmente entre os candidatos de partidos que tenham superado a cláusula de desempenho.
Os outros 90% do tempo são distribuídos de forma proporcional ao tamanho das bancadas eleitas pelos partidos e federações da coligação para a Câmara dos Deputados em 2018, mas há a limitação de considerar apenas os seis maiores partidos ou federações do bloco.
Continua depois da publicidade
A ordem de aparição de cada candidato no horário eleitoral é definida por sorteio, e há um rodízio para que todos possam ocupar o primeiro lugar na transmissão.
Além do horário eleitoral, os candidatos têm direito às inserções –propagandas de 30 e 60 segundos que vão ao ar ao longo da programação e cuja distribuição obedece aos mesmos critérios.
A divisão precisa do tempo de TV é feita pela Justiça Eleitoral e ainda será definida neste ano. O prazo final para isso é 21 de agosto.
Continua depois da publicidade
A chamada cláusula de barreira ou de desempenho, estabelecida por meio de uma emenda constitucional em 2017, determina que só terão acesso ao fundo eleitoral e à propaganda gratuita aqueles partidos que, na eleição para a Câmara em 2018, tiverem elegido ao menos nove deputados distribuídos em nove estados ou obtiverem no mínimo 1,5% dos votos válidos em nove estados (sendo ao menos 1% em cada uma).
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade