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Cotidiano
Pista teria apenas 15 km e reduziria pela metade o tempo de viagem entre a capital paulista e o Litoral Sul
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A Rodovia Parelheiros-Itanhaém ainda não saiu do papel | Rubens Chaves/Folhapress
A Frente Parlamentar em Apoio à Terceira Pista da Imigrantes vai debater a viabilidade da Rodovia Parelheiros-Itanhaém assim que a Assembleia Legislativa do Estado (Alesp) voltar do recesso. Presidente da Frente Parlamentar, a deputada estadual Solange Freitas (União Brasil) afirmou na última quarta-feira que “vai alinhar os próximos encontros” do colegiado de parlamentares e que “colocará em pauta a pista Parelheiros-Itanhaém assim que os trabalhos na Alesp forem retomados”.
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A ligação viária alternativa ao Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) foi alvo de um ato popular e político no início dos anos 1970 e sua construção virou lei estadual em 1997.
Porém, o projeto nunca saiu do papel. O trajeto teria apenas 15 quilômetros e reduziria pela metade o tempo de viagem entre a Capital, o Litoral Sul e as cidades de Pedro de Toledo e Itariri, já no Vale do Ribeira. A rodovia também contribuiria para o acesso ao Porto de Santos e para diminuir os congestionamentos no SAI.
“Apesar da Frente Parlamentar ser em apoio à terceira pista, serve também para discutir a questão de mobilidade urbana em relação ao Porto de Santos e as cidades da Baixada Santista”, antecipou Solange.
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Cinco décadas depois do ‘Plenário de Santo Amaro’, que lotou o antigo Cine Castro, em Itanháem, a favor da construção da Rodovia Parelheiros-Litoral Sul, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) admitiu no final de julho que voltou a avaliar o projeto.
A avaliação técnica e econômica da obra está a cargo da Diretoria de Engenharia do DER, que é vinculado ao Governo do Estado. Na prática, trata-se de uma atualização das informações contidas na análise feita pelo próprio DER em 2015. A retomada dos estudos de viabilidade da estrada foi revelada em julho, com exclusividade para o Diário do Litoral.
“Sabemos que somente a construção da terceira pista da Imigrantes ainda não seria suficiente para melhorar a questão logística da Baixada Santista. Então, todo avanço para novas vias, como Parelheiros-Itanhaém, se torna primordial para o desenvolvimento econômico e turístico da nossa região”, completou a deputada.
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“O acesso entre a Baixada Santista e o Planalto é um dos maiores gargalos da nossa Região Metropolitana”, resume o prefeito de Itanhaém, Tiago Rodrigo Cervantes (Republicanos).
“A implementação de uma terceira via de acesso beneficiaria significativamente Itanhaém e toda a região, melhorando não apenas a logística, mas também a mobilidade, a segurança dos motoristas e reduzindo o tempo de viagem”, completa o prefeito.
“Esse avanço (a rodovia) fortaleceria o turismo e impulsionaria nossa economia”, projeta Cervantes, de olho no eventual surto de desenvolvimento a partir da ligação direta com a região que mais cresce na Capital e que concentra 40% do território de São Paulo.
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Em 2012, a empresa concessionária Contern Construções e Comércio Ltda manifestou ao Governo do Estado interesse em construir e operar a rodovia. Mas, o tempo passou sem que o Estado desse aval para a obra e a empresa encontra-se hoje em recuperação judicial.
A princípio, a Rodovia Parelheiros-Itanhaém foi chamada provisoriamente de Nova Imigrantes. Posteriormente, o nome do ex-presidente João Goulart (1919/1976), deposto ilegalmente pela Ditadura Civil-Militar de 1964, foi cogitado para batizar a Parelheiros-Itanhaém. Goulart foi o único presidente a tentar implementar uma ampla reforma agrária no Brasil, o que desagradou a elite.
O trajeto da estrada Capital-Litoral Sul teria apenas 15 quilômetros, contra os quase 70 da Imigrantes. Na Baixada Santista, o traçado começaria na altura do km 319 da Rodovia Padre Manoel da Nóbrega (SP-55), no Jardim Suarão, próximo à divisa Itanhaém/Mongaguá.
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O projeto original previa que as pistas atravessariam os vales dos rios Aguapeú, Branco e Branquinho. Após a subida da Serra do Mar a estrada chegaria ao Planalto pela margem do Vale do Rio Capivari, já no Município de São Paulo.
A partir daí o asfalto seguiria no sentido sul-norte paralelamente à antiga estrada de ferro que ligava os distritos de Marsilac e Santo Amaro através da Estação Evangelista de Souza.
E cruzaria o Rodoanel Mário Covas (SP-21) na altura do Km 56. O fim da viagem seria na Estrada Ecoturística de Parelheiros, próximo do cruzamento com a Avenida Fernando da Cruz Alves.
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Responsável pela construção da segunda pista da Rodovia dos Imigrantes e administradora das pistas que interligam a Capital a Santos, a Ecovias foi consultada pelo Diário do Litoral, mas alegou que não conhecia detalhes do projeto da Rodovia Parelheiros-Itanhaém.
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