Rodovia Parelheiros-Itanhaém foi promessa por décadas e nunca saiu do papel

Em 2012, a empreiteira Contern Construções e Comércio Ltda manifestou interesse ao Governo do Estado em construir e operar a rodovia, provisoriamente chamada de Nova Imigrantes.

Posteriormente, o nome do ex-presidente João Goulart (1919/1976), deposto ilegalmente pela Ditadura Militar de 1964, foi cogitado para batizar a Parelheiros-Itanhaém.

Goulart foi o primeiro presidente a propor uma ampla reforma agrária no Brasil, medida que enfrentou forte resistência de setores conservadores.

Mas a obra da rodovia nunca saiu do papel.

O projeto original previa que as pistas atravessariam os vales dos rios Aguapeú, Branco e Branquinho. O traçado começa no encontro da Rodovia Padre Manuel da Nóbrega com a Avenida José Batista Campos, em Itanhaém. Essa via passa em frente ao Aeroporto Antônio Ribeiro Nogueira Júnior.

A estrada passaria pela Estrada Rural Coronel Joaquim Branco até a base da Serra do Mar. Nesse trajeto, a Parelheiros-Itanhaém ficaria em frente à Estação de Tratamento de Água Mambu/Branco, da Sabesp, e próxima à Terra Indígena do Rio Branco.

Após a subida da Serra do Mar, a estrada chegaria ao Planalto pela margem do Vale do Rio Capivari, já no município de São Paulo.

A partir daí o asfalto seguiria no sentido sul-norte paralelamente à antiga estrada de ferro que ligava os distritos de Marsilac e Santo Amaro através da Estação Evangelista de Souza.

E cruzaria o rodoanel Mário Covas (SP-21) na altura do km 56. O fim da viagem seria na Estrada Ecoturística de Parelheiros, próximo do cruzamento com a Avenida Fernando da Cruz Alves.

Responsável pela construção da segunda pista da rodovia dos Imigrantes e administradora das vias que ligam a capital paulista a Santos, a Ecovias foi consultada em 2024 pelo Diário do Litoral e afirmou desconhecer detalhes do projeto da rrodovia Parelheiros-Itanhaém.