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Cotidiano

Roda gigante na zona oeste gera críticas: ‘Vai tumultuar nosso sossegado bairro’

Parte dos moradores do Alto de Pinheiros, City Boaçava e Vila Leopoldina criticaram projeto da gestão Doria de instalação da maior roda gigante da América Latina

Bruno Hoffmann

15/10/2020 às 12:23

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Projeção de como ficará roda gigante, anunciada como a maior da América Latina

Projeção de como ficará roda gigante, anunciada como a maior da América Latina | /Divulgação/Levisky Arquitetos

A roda gigante que será instalada no Parque Cândido Portinari, contíguo ao Parque Villa-Lobos, na zona oeste da Capital, foi alvo de críticas de parte dos moradores da região. Em redes sociais, os moradores de bairros como Alto de Pinheiros, City Boaçava e Vila Leopoldina, de classe média alta, reclamaram de que o projeto pode atrair pessoas de outros locais da cidade e criar “problemas de criminalidade”.

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No grupo “Alto de Pinheiros quer paz”, no Facebook, uma pessoa escreveu: “Esse aparelho vai tumultuar nosso sossegado bairro, tirando nossa calmaria, além de trazer problemas logísticos, de criminalidade”. Outras pessoas perguntaram se era possível embargar a obra.

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Com 90 metros de altura, a roda gigante será a maior da América Latina e faz parte das ações de revitalização do entorno do rio Pinheiros. A expectativa da gestão João Doria (PSDB) é a de inaugurar a atração até o fim de 2021.

Outros responderam às críticas com sarcasmo: “Verdade. Imagina um monte de suburbano nas nossas colinas de Alto de Pinheiros. Ecaaa. Quer roda gigante, vai para Londres na London Eye".

A Sociedade Amigos do Bairro City Boaçava (SAB) está acompanhando a futura implementação da atração e informou que solicitou aos proponentes um estudo do impacto do projeto sobre a vizinhança.

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“O projeto do Parque não contempla, por exemplo, um estacionamento complementar para os visitantes da Roda Gigante e o atual estacionamento não dá conta dos usuários normais nos fins de semana. Estamos envolvendo a CET para uma análise técnica do impacto no trânsito da região”, disse Sergio Giannini, tesoureiro da associação.

O projeto será implementado pela empresa SPBW, vencedora do chamamento público. O governo do estado informou que não terá custos para a implantação e manutenção do projeto. A empresa vencedora, que terá uma Permissão de Uso de 10 anos do espaço, pagará à Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente R$ 141 mil mensais ou 10% do valor do faturamento bruto - o que for maior.

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