Rio Pinheiros aumenta em 28% a retirada de lixo flutuante

A quantidade de lixo flutuante retirada do Rio Pinheiros em outubro teve 28% de crescimento em relação ao mesmo período de 2023, conforme informações da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo.

Apenas em outubro deste ano, foram removidas 3.785,99 toneladas de resíduos, contra 2.948,85 toneladas no mesmo mês do ano anterior.

Diariamente, é feita coleta de detritos no Rio Pinheiros com o uso de embarcações que percorrem os 25 quilômetros de extensão do rio.

Após serem recolhidos, os resíduos são encaminhados para a 'área de rebaixo', onde passam por um processo de secagem antes de serem transportados para aterros sanitários em caçambas.

Como o lixo chega ao rio?

Grande parte do lixo que chega ao Rio Pinheiros tem origem na poluição difusa, com resíduos descartados incorretamente nas ruas sendo arrastados pelas chuvas.

Além disso, o despejo de lixo diretamente no rio também contribui para o volume de sujeira. Bairros próximos à bacia, como Jaguaré, Vila Olímpia, Capão Redondo, Morumbi e Guarapiranga, por exemplo, são apontados como fontes potenciais dos detritos.

Entre os resíduos mais frequentemente retirados estão, por exemplo, garrafas PET, isopor e brinquedos. Até mesmo objetos de grande porte, como sofás e colchões, aparecem com frequência, além de capacetes, bicicletas e mochilas.

A subsecretária de Saneamento e Recursos Hídricos, Camila Viana, destacou a importância do engajamento da população para a preservação do Rio Pinheiros.

“A colaboração da sociedade, por meio do descarte adequado do lixo, é essencial para a manutenção da limpeza e a despoluição do rio. Esses esforços beneficiam diretamente a comunidade, além de preservar a fauna e a flora do entorno”, disse.

Entenda também o motivo pelo qual o Rio Pinheiros já ficou verde. 

Programa IntegraTietê 

A retirada de resíduos do Rio Pinheiros faz parte do Programa IntegraTietê, que visa à revitalização dos principais rios paulistas e seus afluentes.

Desde 2023, de acordo com informações divulgadas pelo governo de SP, o programa já removeu 1,7 milhão de metros cúbicos de sedimentos, o equivalente à carga de 121 mil caminhões basculantes.

Para se ter uma dimensão da quantidade, se enfileirados, esses caminhões cobririam uma distância superior a 1.200 quilômetros, ultrapassando o trajeto entre São Paulo e Porto Alegre, por exemplo.