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Cotidiano
A Secretaria de Saúde diz que está em contato com o governo do estado para alinhar uma ação conjunta; isso porque, se a liberação não for acompanhada pelo Estado, a medida não terá efeito concreto
02/03/2022 às 13:01 atualizado em 02/03/2022 às 13:48
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Alcool gel e mascaras | MARTA. RS
Os membros do Comitê de Enfrentamento à Covid do Rio irão se reunir na segunda-feira (7) para debater a liberação do uso de máscaras em lugares fechados da capital fluminense. O papel do comitê é assessorar a Prefeitura, que pode acatar ou não a avaliação do colegiado. O uso de máscaras em espaços abertos está liberado desde outubro do ano passado.
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A Secretaria Municipal de Saúde diz que está em contato com o governo do estado para alinhar uma ação conjunta. Isso é necessário porque, se a liberação não for acompanhada pelo governo estadual, a medida não terá efeito concreto. No caso de regras sanitárias divergentes, vale sempre a mais restritiva.
Em novembro do ano passado, por exemplo, a capital fluminense liberou o uso de máscaras em academias para pessoas não vacinadas. No entanto, a prefeitura precisou recuar depois que a Secretaria de Estado de Saúde decidiu manter o uso do item de proteção nesses ambientes.
Para a epidemiologista Gulnar Azevedo, a prefeitura deveria esperar mais um pouco para liberar o uso de máscaras em lugares fechados. Ela argumenta ser importante as autoridades se certificarem de que a flexibilização não vai trazer de volta uma nova onda da doença.
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"A liberação do uso de máscaras tem que acompanhar não só a situação da vacinação e a necessidade de internação de pessoas, mas também o que houve de aglomeração nesses dias de Carnaval", diz Azevedo, que é professora do Instituto de Medicina Social da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).
Embora a prefeitura tenha proibido o Carnaval de rua, o que se viu no feriado foram cenas de aglomeração, com pessoas reunidas em blocos clandestinos. "Por isso, acredito que seria melhor esperar mais um pouco."
Segundo a especialista, a liberação das máscaras deve acontecer levando em conta o cenário epidemiológico não apenas da capital, mas também o de outras cidades do estado. Além disso, ela diz ser importante fortalecer a vigilância epidemiológica antes de não mais exigir o uso da proteção. "Identificando surto em algum lugar, medidas rápidas e adequadas devem ser tomadas para impedir que essa curva de casos venha a subir novamente."
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No momento, os números da pandemia na cidade indicam melhora da situação. A taxa de positividade dos testes de Covid está em 14%. Em meados de janeiro, quando a cidade vivia uma nova onda da doença, esse índice chegou a 50%.
Nesse período, a capital também registrou uma alta de internações, com mais de 800 pessoas em leitos na rede pública. Atualmente, porém, esse número também caiu. Na terça-feira (1), havia 55 pessoas internadas na rede pública por Covid, 32 estavam na UTI e 23 na enfermaria. A média móvel de casos também apresenta curva descendente, com 217 casos em sete dias.
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