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Cotidiano
Segundo ele, o que existe no momento são negociações com o governo estadual na tentativa de manter a tarifa em R$ 4,40 no ano que vem
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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) | Secom/PMSP
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que será difícil implantar a tarifa zero no transporte público ainda em 2023, caso a ideia, que está em estudo, vingue ao longo de seu mandato.
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Segundo ele, o que existe no momento são negociações em curso com o governo estadual na tentativa de manter a tarifa em R$ 4,40 no ano que vem. Caso não seja possível, a passagem pode chegar a R$ 5,10.
Em entrevista à Folha de S.Paulo na tarde de segunda-feira (12), Nunes ressaltou que a avaliação sobre a viabilidade da tarifa zero prossegue, mas ainda não há definição. "Se a gente conseguir implantar, acho que em 2023 é difícil. O que a gente tem percebido em nosso pré-estudo é que vai aumentar o número de passageiros", disse. Para absorver a nova demanda, seria preciso ampliar terminais, linhas e a estrutura do transporte. "
"Não adianta dar a gratuidade e não ter um bom serviço", completou, citando que a prefeitura tem investido R$ 4,6 bilhões em mobilidade. A tarifa zero é uma das cartas que Nunes guarda na manga para a campanha eleitoral de 2024, quando tentará permanecer no cargo.
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O prefeito afirmou também que é possível implantar a tarifa zero nos ônibus da capital mesmo que o governo estadual não tenha a mesma iniciativa em relação a Metrô e CPTM, mas ressaltou que "o ideal seria fazer junto, por causa da integração".
Segundo Nunes, há conversas com governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos) a respeito do tema, mas nada oficial por enquanto. "Ele falou 'Ricardo, vejo com bons olhos', só que precisa sentar e colocar o número para ver como consegue viabilizar o financiamento disso. Mas isso ele falou, [que] está aberto para fazer uma análise", contou.
Nesta terça, em entrevista coletiva, o prefeito detalhou qual seria o aumento previsto da demanda. "Já identificamos que teremos que fazer uma avaliação melhor a respeito da logística. No estudo preliminar, teríamos um aumento de 15% do número de passageiros no horário de pico e de até 25% no horário entre picos, principalmente no almoço", afirmou.
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"Com muita transparência e sinceridade, eu não tenho hoje 'vou conseguir fazer' ou 'não vou conseguir fazer'. Está em fase de estudos", disse.
Reajuste
Com relação a um possível reajuste da passagem dos ônibus, também há uma busca por acordo com o governo estadual. Na segunda, Nunes disse que, sem um acerto, a tarifa pode chegar a R$ 5,10. "Se houver a correção, o que já está colocado pelo Conselho Municipal de Transporte, o que está na ata é de R$ 4,40 para R$ 5,10", afirmou.
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Reunião entre Nunes e Tarcísio, que ocorreria nesta terça, foi desmarcada ainda na segunda à noite. "O que ele diz é que tem vontade de manter tarifa de CPTM e Metrô, não aumentar, porque é bom para a questão da economia. Ele comentou sobre isso na campanha.", afirma Nunes. "Agora, é importante que a gente faça algo conjunto. Se eventualmente eu subir a tarifa e ele não subir lá, você terá passageiro migrando para o Metrô. E vice-versa. O sistema é integrado."
Nunes também discute a possibilidade de que o futuro governador arque com a gratuidade do transporte dos estudantes da rede estadual, que, segundo a gestão municipal, custou cerca de R$ 1,08 bilhão desde 2018.
A assessoria do governador eleito Tarcísio de Freitas afirma que ele já manifestou a intenção da manutenção da tarifa atual, segundo compromisso estabelecido durante a campanha. "Tarcísio está aberto ao diálogo com o prefeito Ricardo Nunes de modo a estabelecer uma parceria para atuar de forma coordenada com a prefeitura em busca de soluções que contemplem as necessidades da população", afirmou, em nota.
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