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Cotidiano
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Ao final do encontro, a CPFL se comprometeu em suspender os cortes e, no prazo de 30 dias, fazer nova análise dos 711 casos | ADRIANO CAPELINI
Na tarde desta quarta-feira (3) os vereadores da Câmara de Porto Feliz questionaram o consultor de relacionamento da CPFL Piratininga, Fábio Augusto Barroso, sobre a cobrança por irregularidades no consumo de energia de 711 munícipes. De acordo com os vereadores, a Companhia está cobrando esses moradores pelo rompimento do lacre interno do medidor de energia. A CPFL defende dizendo que "após vistorias feitas por equipes técnicas, a Companhia calcula as perdas e apresenta o valor devido ao cliente".
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De acordo com o consultor, em todos os casos, o cliente pode recorrer diretamente à Companhia para que seja realizada uma perícia para concluir os motivos das irregularidades. "Para fazer as vistorias, a CPFL analisa as características de consumo e gera uma relação de locais para verificar alguma alteração da medição de energia, que pode se dar tanto por problemas no medidor como por tentativa de fraude", disse o funcionário.
Segundo Fábio Barroso, a empresa documenta todo processo pelos eletricistas quando encontrarem alguma suspeita. "Os eletricistas preenchem um Termo de Ocorrência e Inspeção (TOI), coletam fotos que evidenciam o fato e, em alguns casos, enviam o medidor para laboratório credenciado para emissão de laudo. A Companhia faz os cálculos do quanto se deixou de pagar devido à irregularidade encontrada e cobra está diferença dos clientes". O funcionário esclareceu que o valor é cobrado pela média de consumo da residência.
Os vereadores questionaram a autuação sem a presença do morador. Segundo Fábio, nesses casos cabem recursos à CPFL.
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Os vereadores questionaram a possibilidade de má-fé dos funcionários da empresa terceirizada que faz a leitura e fiscalização dos medidores. "Realmente pode ocorrer. Tem gente má em qualquer lugar. Pode ser que a empresa em si [CPFL] pague por produtividade, mas não produtividade de irregularidades, mas sim produtividade de vistorias. Se comprovar a fraude do funcionário esse cara cai fora da empresa. Isso é má índole. Nós temos canais de denúncia no site da CPFL. Fabricar fraude é penalidade máxima. É demissão por justa causa", disse.
Ao final do encontro, a Companhia se comprometeu a suspender os cortes e, no prazo de 30 dias, fazer nova análise dos casos. "Um a um, os 711 casos serão verificados para saber se não houve nenhum erro", completou Fábio Barroso.
Segundo a CPFL, foram 900 imóveis inspecionados e 711 irregularidades. Em quase 80% das inspeções foram detectadas fraudes.
(AC)
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