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Cotidiano
Chefe de Gabinete, Marina Lacerda, está solicitando urgente apuração e providências acerca da ação de encapuzados
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Pessoas em situação de rua estão sofrendo com o clima de terror imposto por encapuzados. Prefeitura está aceitando denúncias pelo 153 | Nair Bueno/DL
A chefe de gabinete do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Marina Basso Lacerda, está solicitando à Ouvidoria da pasta urgente apuração e providências acerca da ação de grupo encapuzado que ataca pessoas em situação de rua em São Vicente.
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Uma cópia do pedido e da reportagem exclusiva também foi encaminhada à Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos do Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já existe um movimento no sentido de acionar o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP).
A reportagem intitulada 'Grupo encapuzado ataca pessoas em situação de rua em São Vicente' se encontra no jornal impresso, no site e em todas as plataformas digitais e redes sociais do Diário do Litoral (jornal que pertence ao Grupo Gazeta de SP) e da Gazeta São Paulo.
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CORAGEM
Ontem, depois da publicação, alguns vicentinos ligaram para a Reportagem. Um rapaz que, entre outras pessoas, fornece comida para os mais vulneráveis, disse, com a promessa de preservação de sua identidade, que a população de rua vive um "clima de terror".
"Isso está nítido no olhar deles (pessoas em situação de rua). Muitos estão optando em ficar em locais diferentes e quando perguntamos o motivo, falam dos ataques que você publicou. E a gente ouviu essa história em pontos de entrega diferentes. Ficamos em alerta", afirma o rapaz.
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Ele continua: "Reparei que estão se organizando em grupos e, hoje cedo (ontem) estavam no almoxarifado da Prefeitura, na Rua Motta Lima. O que é incomum até então. Eles estão evitando repetir locais de descanso. Estão se escondendo ou se aglomerando pra evitar os ataques e ter como se defender. Tem muito idoso e gente com problema de locomoção. Não conseguem nem se defender".
INVESTIDAS
As investidas contra pessoas em situação de rua estão acontecendo quase todos os dias. Informações extraoficiais obtidas pelo Diário dão conta de que empresários e comerciantes estariam por trás das ações, bancando os encapuzados de São Vicente.
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Sabe-se que eles chegam em carros particulares, em grupos de quatro homens, todos com capuzes e luvas. Alguns armados de revólveres. Estranha-se que nenhuma câmera de segurança do município tenha captado imagens das ações.
Um homem teve os braços quebrados por conta da ação do grupo. Outro resolveu se instalar ao lado do Centro Referência Emergência Internação (CREI) porque uma guarnição da Polícia Militar costuma dar plantão próximo e, assim, poder agir em caso de novas investidas dos encapuzados de São Vicente.
Há relatos ainda mais assustadores: de desaparecimentos de vítimas. O Disque Direitos Humanos - Disque 100 foi acionado, bem como, entidades de defesa dessas pessoas em vulnerabilidade social e de Direitos Humanos.
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Em contato com o DL, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) já se manifestou informando que nada pode fazer sem registros de boletins de ocorrência.
PREFEITURA
A Prefeitura de São Vicente, por meio da Secretaria de Defesa e Organização Social (Sedos), informa que a Guarda Civil Municipal (GCM) não foi acionada para nenhuma ocorrência dessa natureza.
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A Administração vicentina está disponibilizando o telefone 153 para registro de denúncias, além de contar com sistema de monitoramento 24 horas por meio do Centro de Controle Operacional (CCO).
Caso haja mais alguma dúvida, as informações devem ser obtidas com as autoridades policiais. A Câmara de São Vicente não se manifesta.
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