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Cotidiano
Investigação também aponta Ronildo Alves dos Santos, o Magrelo, como a liderança da maior organização criminosa do Brasil
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Armamento encontrado com o grupo criminoso em MG | PMMG
Investigação da Polícia Federal (PF) detalha o planejamento, organização e financiamento do Primeiro Comando da Capital (PCC) para a tentativa de um mega assalto a uma transportadora de valores em Mato Grosso, em abril do ano passado.
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O incidente resultou na morte de pelo menos 18 suspeitos em supostas trocas de tiros nas semanas seguintes ao crime. A quadrilha não conseguiu roubar o dinheiro.
Segundo informações do portal “Metrópoles”, a investigação aponta Ronildo Alves dos Santos, o Magrelo, como a liderança da maior organização criminosa do Brasil.
Ele seria responsável em cooptar e organizar os criminosos para o roubo, que tinha o objetivo de levar R$ 30 milhões dos cofres da empresa Brinks, na cidade de Confresa, no Mato Grosso.
Esse tipo de roubos, chamados de "Novo Cangaço", são realizados pelo PCC para levantar recursos financeiros em crises.
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As ações acontecem quando a organização criminosa sofre grandes prejuízos financeiros, como apreensões de cargas de drogas pela polícia.
Nesta tentativa de assalto no Mato Grosso, o PCC movimentou R$ 2 milhões na conta de Magrelo, que acabou morto cerca de um mês após o crime. A morte de Ronildo aconteceu em um suposto confronto com a polícia, em uma estrada rural na região de Pium, no Tocantins.
A Polícia Militar afirmou ter encontrado com ele um fuzil calibre 762, armamento usado em guerra.
O roubo no Mato Grosso, é chamado pela PF de “domínio de cidades”, considerada à ação mais perigosa e planejada do Novo Cangaço.
Um dos indícios disso é que a quadrilha alugou imóveis no estado do Pará, cerca de 15 dias antes do mega assalto à transportadora no Mato Grosso, ocorrido em 9 de abril do ano passado.
No dia da ação, os criminosos armados chegaram à cidade em carros e se dividiram em grupos. Parte deles foram até uma base da PM, que foi alvo de tiros.
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Os bandidos também conseguiram impedir a transmissão de câmeras de segurança e a comunicação dos agentes, após destruírem transformadores de energia.
A sede da Brinks foi atacada logo em seguida. A quadrilha usou explosivos para ter acesso ao cofre, porém não conseguiram acesso ao dinheiro. Durante a fuga, os criminosos promoveram uma onda de terror na região, dando tiros nas ruas.
Cerca de 350 policiais, de cinco estados, foram mobilizados para “caçar” a quadrilha. Até 17 de maio, com a desmobilização das ações, o saldo de mortos era de 18, entre eles Magrelo.
Ainda de acordo com a investigação da PF, foram identificadas 19 comunicações de operações financeiras “atípicas” na conta de Magrelo ao longo de um ano.
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Nos seis meses que antecederam o ataque à empresa, Magrelo movimentou R$ 1,9 milhão em sua conta-corrente. Segundo a PF, esse valor foi usado para “financiar a ação criminosa em Confresa”.
O dinheiro foi transferido por meio de dois laranjas, também investigados pela polícia. Juntas, as contas bancárias deles movimentaram R$ 10 milhões. Um desses laranjas, inclusive, recebia benefício do Bolsa Família.
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