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Cotidiano
Previsão do senador Marcelo Castro é que o projeto possa ser votado na quinta-feira na CMO do Congresso, e, na semana seguinte, ir a plenário
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O texto foi avalizado por senadores na semana passada, mas ainda precisa passar por dois turnos de votação na Câmara dos Deputados | Marcello Casal Jr/ Agência Brasil
O programa Bolsa Família e as ações de Saúde e Educação serão as maiores contempladas na distribuição dos recursos extras no Orçamento de 2023. O relator-geral, senador Marcelo Castro (MDB-PI), deve apresentar o relatório com seu parecer ainda nesta segunda-feira (12), incorporando os R$ 145 bilhões adicionais autorizados na PEC (proposta de emenda à Constituição) da Transição.
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O Ministério da Cidadania, que poderá trocar de nome no futuro governo, terá recomposição em R$ 75 bilhões - dos quais R$ 70 bilhões serão destinados para à manutenção do benefício mínimo de R$ 600 do Bolsa Família e ao adicional de R$ 150 por criança de até seis anos. Os outros R$ 5 bilhões vão financiar demais ações da pasta.
O relatório ainda está sendo elaborado e poderá sofrer ajustes até o fim do dia. A previsão do parlamentar é que o projeto possa ser votado na quinta-feira (15) na CMO (Comissão Mista do Orçamento) do Congresso, e, na semana seguinte, ir a plenário.
Ainda que constem na proposta orçamentária, a execução das despesas adicionais ficará condicionada à aprovação da PEC. O texto foi avalizado por senadores na semana passada, mas ainda precisa passar por dois turnos de votação na Câmara dos Deputados.
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Os valores foram discutidos em reunião no domingo (11) com a participação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB).
Também participaram do encontro os futuros ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil), o ex-ministro Aloizio Mercadante, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o senador eleito Wellington Dias (PT-PI).
Em segundo lugar aparece a Saúde, com valor de R$ 22,7 bilhões, confirmado pelo próprio relator à imprensa no domingo (11).
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A Educação inicialmente teria cerca de R$ 11,2 bilhões, mas o valor foi atualizado para R$ 10,9 bilhões em negociações mais recentes.
Uma das apostas do novo governo para alavancar obras e reduzir o déficit habitacional, o programa Minha Casa, Minha Vida, deve ficar com R$ 9,5 bilhões adicionais.
Para o aumento real do salário mínimo, promessa alardeada por Lula durante a campanha presidencial, serão necessários cerca de R$ 6,8 bilhões.
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O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) deve ter um reforço de quase R$ 11 bilhões, e a pasta de Ciência e Tecnologia, R$ 5 bilhões. Ainda são estimados cerca de R$ 4 bilhões para a Cultura e 800 milhões para Justiça e Segurança Pública.
O Ministério da Defesa, por sua vez, deve receber mais R$ 1 bilhão. O valor inicialmente era de R$ 500 milhões, mas houve ampliação do montante nas negociações mais recentes.
Há ainda a previsão de R$ 1 bilhão para fundos garantidores, que deve ser direcionado ao Desenrola, programa de renegociação de dívidas de famílias de baixa renda que é promessa eleitoral de Lula.
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Embora a suplementação nessa área seja de apenas R$ 1 bilhão, a estimativa é fazer um remanejamento de recursos ociosos em outros fundos do governo para chegar a um montante de ao menos R$ 5 bilhões ao longo do exercício, segundo técnicos que participam das conversas.
O relator também prevê reservar R$ 3,2 bilhões do espaço aberto com a PEC da Transição para bancar o reajuste dos servidores do Executivo.
A verba, no entanto, não deve representar um incremento, já que apenas vai compensar iguais R$ 3,2 bilhões que haviam sido direcionados a essa medida usando recursos de emendas de relator -instrumento usado como moeda de troca nas negociações com o Congresso e cuja destinação é escolhida por parlamentares.
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O uso de emendas de relator para dar reajuste ao funcionalismo é considerado uma ficção e, por isso, a opção é fazer desde já a reposição do recurso.
Além dos R$ 145 bilhões, a PEC da Transição também autorizou outros R$ 23 bilhões para investimentos fora do teto de gastos. A distribuição desses recursos ainda está sendo decidida pela equipe do governo eleito.
A expectativa é que o total de investimentos em 2023 suba a cerca de R$ 60 bilhões, considerando esse valor extrateto, os R$ 22 bilhões que já constavam na proposta orçamentária e outras rubricas a serem contempladas pela PEC.
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