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Cotidiano
A definição deve acontecer após reunião entre Ricardo Nunes (MDB), prefeito da Capital, e Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador eleito no Estado
22/11/2022 às 13:31 atualizado em 22/11/2022 às 14:53
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Em 60 dias deve ser entregue ao prefeito um estudo sobre a possibilidade de implementação do passe-livre na cidade | Rovena Rosa/Agência Brasil
A definição sobre o reajuste das tarifas de transporte nos ônibus da capital paulista deve acontecer em dezembro. A informação foi dada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) nesta segunda-feira (21).
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O atual preço da tarifa na cidade, que é de R$ 4,40, está congelado desde janeiro de 2020 e tem pressionado os custos de operação do sistema de transportes no município, o que obriga a gestão municipal a aplicar mais subsídio para manter os ônibus em circulação.
De acordo com a SPTrans, o total aplicado pela gestão Nunes nas empresas de ônibus em 2023 será de R$ 7,4 bilhões.
“Da tarifa, a gente ainda está fazendo análise. Evidentemente será em dezembro que estaremos tomando a decisão com relação ao ajuste tarifário ou não”, disse.
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O prefeito afirmou que vai se reunir com o governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para tomar uma decisão sobre o reajuste, segundo informações do portal g1. A eventual nova tarifa poderá ser "casada" ou não, uma vez que há integração do bilhete único com o Metrô e a CPTM.
“A decisão final da tarifa, evidentemente, preciso sentar com o governador que vai estar assumindo para discutir a questão tarifária, porque também tem a questão da integração, mas não tenho nesse momento uma decisão final se terá uma correção ou não”, frisou o prefeito.
Ricardo Nunes concedeu as informações durante visita ao Centro de Controle Operacional (CCO) do Metrô, onde participou da cerimônia de implementação do Sistema de Monitoramento e Reconhecimento Facial na Linha 3 – Vermelha, ao lado do governador Rodrigo Garcia (PSDB).
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Aumento do subsídio e queda no número de passageiros
Na ocasião, o chefe da administração municipal destacou que, mesmo com o aumento dos subsídios para o sistema de ônibus desde o início da pandemia, a cidade manteve o funcionamento da maior parte das linhas, mesmo com a queda da demanda de passageiros.
“[O aumento] depende de uma série de fatores. Hoje nós temos cerca de 80% do total de usuários que era antes da pandemia na rede dos nossos ônibus coletivos. O Metrô também tem hoje um número menor de passageiros e, quando você tem esse número menor, a receita de passageiros também é menor”, disse o prefeito.
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“Mesmo tendo só 80% dos passageiros, 97% das linhas na periferia estão atuando e 85% no Centro expandido. Portanto, a gente mantém um número de linhas maior daquilo que é a demanda”, completou.
A SPTrans informou que em 2022 o valor do subsídio que a gestão municipal já destinou às empresas de ônibus da capital paulista até novembro chega a R$ 4,6 bilhões. O valor é maior do que o observado no ano passado quando os repasses somaram R$ 3,3 bilhões.
O valor de repasse em 2023 deve ser ainda maior, com cerca de R$ 7,4 bilhões aplicados no sistema, segundo disse na Câmara Municipal na semana passada o diretor de Administração de Infraestrutura da SPTrans, Anderson Clayton Maia. Ele afirmou que o custo total de operação do sistema de ônibus da cidade ano que vem será de cerca de R$ 12 bilhões e que desse total cerca de R$ 5 bilhões virão do pagamento de tarifas por parte da população.
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Estudo para o passe livre
Nesta segunda (21), Ricardo Nunes comentou sobre um estudo que está sendo feito para avaliar a possibilidade de implantação do passe-livre na cidade. Segundo ele, o material deve sair em 60 dias, mas a medida ainda é a apenas uma prospecção.
“Não falei em tarifa zero. Eu pedi um estudo para a SPTrans e alguém vazou a informação. Foi uma solicitação, pedido de estudo para que a SPTrans faça. A SPTrans ficou de me entregar em 60 dias. Contratou uma grande consultoria que está fazendo todas as análises do ponto de vista financeiro e jurídico, agora é aguardar o resultado”, afirmou.
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“Se for possível a gente implanta, se não for, terei os dados para mostrar para vocês com relação ao resultado do estudo. Acho que está muito prematuro tudo nesse assunto, como tantos assuntos que eu peço estudo. São Paulo tem que estar antenado em todos os assuntos macros da cidade”, completou.
“Foi só um pedido de estudo que acabou tendo uma grande repercussão na imprensa. Tem que aguardar o estudo para saber como será o andamento desse processo”, disse o prefeito de São Paulo.
Subsídio pago pela Prefeitura de SP
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Fonte: SPtrans e Prefeitura de SP
Custo total do sistema
O custo total do sistema em 2023, estimado pela SPTrans em R$ 12 bilhões, é superior aos R$ 10 bilhões calculados pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) quando anunciou o pedido do estudo para verificar a viabilidade de implantação de um sistema de passe livre.
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O prefeito afirma que o passe-livre seria uma forma de estimular os paulistanos a usarem o transporte público em lugar de carros, mas adiantou que, caso a proposta se viabilize financeiramente, não será possível de ser implementada já em 2023.
“Pedi para que a SPTrans faça um estudo tanto jurídico, quanto financeiro. A gente tem visto essa questão da importância de fazer com que o transporte coletivo seja mais utilizado, utilizar menos o transporte individual", disse o prefeito ao jornal SP2 na sexta-feira (11).
Para ser implementado, segundo Nunes, o passe livre depende de medidas como o uso do crédito de vale-transporte pago pelas empresas aos trabalhadores na composição do custo operacional do sistema de ônibus. Na Prefeitura, alguns procuradores acreditam que isso é possível, mas o prefeito descarta usar recurso municipais no projeto. A cidade de São Paulo tem atualmente nos cofres públicos R$ 32 bilhões.
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“A gente está discutindo agora COP 27, então, o que tem em relação ao transporte gratuito é um pedido de estudo, que eles vão fazer, vão me trazer, se houver e viabilidade do ponto de vista financeiro, econômico, legal, é possível que isso caminhe”, disse.
Novas reuniões sobre o assunto devem ser realizadas na próxima semana.
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