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Cotidiano
Muitos brasileiros pretender viver em outro país; veja dicas de especialistas de como fazer as malas para encarar o desafio de forma segura
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Roda gigante de Londres (London Eye) | Quixoticsnd
Seja por razões profissionais, seja pessoais, há muitos brasileiros que pretendem viver em outro país. Os especialistas explicam, porém, que é preciso tomar uma série de cuidados para migrar de forma segura.
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Para a advogada Patrícia Lacerda, fundadora do Find Out Lawyers – portal dedicado a profissionais do Direito e brasileiros morando fora, que buscam ou enfrentam questões legais no exterior – explica que a melhor forma de tomar a decisão de ir morar em outro país com segurança é por meio de um profissional especializado para auxiliar nesse processo.
“Primeiro, é importante verificar se o país para o qual pretende se mudar atende às suas expectativas. Isso é muito pessoal, é claro, mas situações básicas devem ser compreendidas, como: sistema de saúde e seu funcionamento ou ainda, em caso de uma migração com crianças, como funciona o acesso às escolas”, explica a advogada.
Segundo ela, há uma série de medidas que podem ser tomadas antes de escolher o destino. Além de pesquisar sobre o novo país, é essencial saber informações sobre como:
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“A documentação necessária para morar fora do Brasil varia bastante de acordo com o país escolhido. É imprescindível verificar junto ao país de destino o visto específico para a sua necessidade. Mudar de país não é uma tarefa fácil como muitos pensam”, explica Lacerda.
Ela também diz que a desistência e o retorno para o Brasil são bem comuns. “Fatores como solidão, não adaptação à nova cultura e a saudade dos amigos e familiares pesam na decisão. Por isso é muito importante pesquisar, conversar com outras pessoas que imigraram para o mesmo país, além de buscar o auxílio de um advogado especializado no assunto”, completa.
Idioma
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O idioma também pode ser um problema para quem quer emigrar sem saber sequer o inglês. De acordo com Bruno Simantob, CEO e fundador da startup Transfer English, 95% da população brasileira não fala o idioma de Shakespeare por, entre outros motivos, ter dificuldade com as metodologias tradicionalmente utilizadas para o ensino da língua.
“Eu passei literalmente minha adolescência inteira tentando aprender inglês, sem sucesso. Mesmo me matriculando em diversos cursinhos e tendo aulas particulares, parece que eu tinha alguma trava com o idioma”, explica ele, que também é formado em direito.
“Passado o incômodo, estabeleci o aprendizado da língua como um foco na minha vida. E assim consegui ter acesso a experiências incríveis como morar um período na Austrália e ter um estágio em Israel, que futuramente abriria meus olhos para o mundo do empreendedorismo de alta performance. Eu jamais teria chegado aqui sem o apoio do inglês na minha vida”, completa.
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De acordo com ele, é possível aprender inglês usando a língua-mãe – ou seja, no caso dos brasileiros, o português. O método é chamado de “transferência linguística”.
Segundo Simantob, isso traz maior conforto e rapidez, por utilizar comparativos e similaridades, tudo em uma plataforma parecida com um serviço de streaming.
“Inglês é uma dor que todo mundo tem. Tivemos um crescimento muito rápido aqui no Brasil, e percebemos que o mercado hispânico tem o dobro do tamanho do brasileiro. Temos uma comunidade latina nos Estados Unidos imensa, são cerca de 34 milhões de pessoas que convivem com o inglês e, ainda assim, não são fluentes”, diz o fundador.
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