Entre em nosso grupo
2
Cotidiano
Na via de acesso ao aeroporto, ex-presidente era esperado por cerca de 10 manifestantes bolsonaristas, que estavam ao lado de pelo menos 40 militantes do MST
Continua depois da publicidade
Lula | Guilherme Gandolfi/Facebook
Preocupados com atos agendados por aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL), o PT reforçou a segurança e fez ajustes na agenda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em viagem a Juiz de Fora (MG) nesta quarta-feira (11), segundo integrantes da equipe do petista.
Continua depois da publicidade
Lula chegou pela manhã à cidade. Na via de acesso ao aeroporto, ele era esperado por cerca de 10 manifestantes bolsonaristas, que estavam ao lado de pelo menos 40 militantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
Não houve atritos no local. O acesso ao aeroporto estava fechado aos manifestantes.
O petista cumpre uma série de compromissos de pré-campanha em Minas Gerais. Nesta terça (10), esteve em Contagem (MG) e, na segunda-feira (9), em Belo Horizonte. Ele enfrentou pequenos protestos de apoiadores de Bolsonaro nos outros municípios, mas sem intercorrências.
Continua depois da publicidade
Para esta quarta-feira, no entanto, a segurança teve de ser redobrada em Juiz de Fora, segundo aliados do petista, depois de a equipe de Lula ser avisada de que protestos foram agendados para pontos onde ele cumpre compromissos.
A primeira agenda de Lula em Juiz de Fora foi uma visita ao Memorial Itamar Franco. O ex-presidente chegou em um comboio com seis batedores de motocicletas e entrou no prédio, cumprimentando apenas um grupo de apoiadores que ocupavam uma área cercada de grades.
A rua Benjamin Constant, que dá acesso ao edifício, e o quarteirão que circunda o lugar, foram fechados com gradil. O único acesso aberto ao local onde Lula estava foi pela garagem, por onde o petista entrou, mas mesmo assim a entrada não foi permitida.
Continua depois da publicidade
Pulseirinhas de identificação foram distribuídas a integrantes da equipe e participantes da reunião. A restrição de acesso levou até outros pré-candidatos petistas a ficarem do lado de fora do memorial.
Bolsonaristas se concentraram a duas quadras do museu onde Lula se reuniu com reitores, enquanto militantes apoiadores do PT esperaram na porta do local. Por volta das 13h30, os aliados de Bolsonaro já haviam se dispersado.
A agenda da tarde teve de ser alterada. Lula se reuniria com líderes locais em um hotel, vizinho à concentração dos bolsonaristas, mas o encontro foi transferido para um clube esportivo onde o petista se reunirá com simpatizantes.
Como ex-presidente, Lula tem o apoio de quatro servidores para atividades de segurança e apoio pessoal e dois veículos oficiais, com os respectivos motoristas. Eles são vinculados oficialmente ao GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência) e recebem treinamento de lá.
O PT também conta com o que chamam de seguranças militantes, isto é, pessoas de dentro dos movimentos sociais que ajudam a fazer a proteção durante eventos e também recorre a seguranças privados quando necessários.
Em viagens, a polícia local é acionada. Nesta terça, a prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão (PT), afirmou que foram tomadas medidas para garantir a segurança nos eventos e de Lula.
"Nós vamos ter as agendas com o presidente amanhã à tarde, que são as agendas políticas públicas e há uma notícia de que poderá haver uma manifestação. É um direito que as pessoas têm, elas vão se manifestar onde quiserem e vamos fazer nossa grande festa", disse Margarida Salomão.
"Evidentemente tomamos os nossos cuidados com relação à segurança, tanto dos eventos como do presidente Lula e agora está tudo sob controle", afirmou a prefeita.
O senador Humberto Costa (PT-PE) falou sobre o tema em publicação nas redes sociais, ao compartilhar uma notícia do Metrópoles.
"A assessoria do ex-presidente Lula decidiu redobrar a segurança do petista em Juiz de Fora após alerta sobre possível ataque de bolsonaristas ao ex-presidente. Mas ameaças não nos intimidam. Enquanto eles distribuem ódio, a gente defende o amor", escreveu.
A segurança de Lula é tema de preocupação da equipe petista. Uma ala defende que ele selecione as viagens que vai fazer e privilegie eventos em ambientes controlados, isto é, sem a presença de opositores.
O ex-presidente, porém, tem dito que quer fazer viagens e agendas de campanha que julgar importante e que o tema segurança não o fará abrir mão de compromissos.
Como mostrou o jornal Folha de S.Paulo, diante do clima de polarização e radicalização, a Polícia Federal decidiu intensificar o esquema de segurança dos presidenciáveis.
Os candidatos à Presidência contam com o aparato da PF a partir do momento em que homologam a candidatura, o que ocorre entre julho e agosto.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade