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Perto de voltar ao PT, Marta Suplicy deixa gestão Ricardo Nunes

Segundo Nunes, saída de Marta da Prefeitura de SP se deu 'em comum acordo'; ela está próxima de voltar ao PT para formar chapa com Boulos

Bruno Hoffmann

09/01/2024 às 19:33  atualizado em 09/01/2024 às 20:37

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Lula e Marta Suplicy, em foto postada pela ex-petista em fevereiro de 2022

Lula e Marta Suplicy, em foto postada pela ex-petista em fevereiro de 2022 | Reprodução/Instagram

A Prefeitura de São Paulo anunciou no início da noite desta terça-feira que Marta Suplicy (sem partido) deixou o cargo de secretária de Relações Internacionais da gestão municipal "em comum acordo".

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"O prefeito Ricardo Nunes chamou nesta terça-feira, dia 9, Marta Suplicy na sede da Prefeitura para esclarecer as informações veiculadas pela imprensa. Ficou decidido,  em comum acordo, que ela deixa as suas funções na Secretaria Municipal de Relações Internacionais", informou a nota da prefeitura.

Segundo as primeiras informações, Marta apresentou uma carta de demissão durante um encontro entre ambos, no fim da tarde desta terça. O prefeito também havia escrito uma carta de demissão para entregar a ela.

Marta recebeu oficialmente na última segunda-feira (8) um convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para retornar ao Partido dos Trabalhadores. A intenção é que ela se torne vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo - justamente, o principal adversário de Nunes nas pretensões de se reeleger ao cargo na cidade.

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A informação de que Marta havia se reunido com Boulos deixou Nunes "decepcionado demais", de acordo com um assessor da gestão municipal. Ele não acreditava que a ex-prefeita da Capital deixaria seu governo para voltar ao PT.

A principal alegação da agora ex-secretaria para abandonar o cargo é a aproximação de Nunes ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem tem reiteradamente pedido o apoio para as eleições de 2024.

Boulos elogiou, mas desconversou

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O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, garantiu nesta terça-feira não ter conversado com Marta Suplicy após a reunião da ex-prefeita da Capital com Lula no dia anterior. No encontro, Lula convidou Marta para retornar ao PT e ser vice na chapa do psolista na cidade.

“Tenho o maior respeito pela Marta Suplicy, foi uma grande prefeita de São Paulo e deixou legados como os CEUs, o Bilhete Único, os corredores de ônibus. Agora, esse processo da definição da vice está sendo conduzido pelo Partido dos Trabalhadores. Temos um acordo político de que o PT fará a indicação da vice”, afirmou ele, durante evento de apoio do PDT à sua pré-candidatura.

“O presidente Lula tem participado [do debate sobre a definição da vice], o Rui Falcão [deputado federal e ex-presidente nacional do PT] tem participado, o Laércio [Laércio Ribeiro, presidente municipal do PT na Capital] tem participado. Vamos dar tempo ao tempo, que as coisas vão se definir”, concluiu o parlamentar.

No acordo entre ambos os partidos, cabe ao PT indicar o vice de Boulos, com prioridade ao nome de uma mulher. Esta é a primeira vez que a legenda não encabeça uma chapa na cidade desde a sua fundação, em 1980.

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O convite a Marta se deu após alas do partido indicarem que a ex-prefeita mantém uma popularidade boa em bairros das periferias da cidade.

O deputado federal Rui Falcão (PT-SP), ex-presidente nacional do PT e articulador da reunião entre Marta e Lula, disse nesta terça-feira durante o evento do PDT que agora só depende da resposta da atual secretária de Nunes para sacramentar a volta dela ao partido.

“Cabe a ela dar esse sim ou não a esse convite que foi formulado, obviamente não sem antes conversar com o prefeito, da qual ela é secretária”, disse o parlamentar à reportagem da Gazeta.

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Para sacramentar o retorno, Marta também vai precisar readquirir a confiança de parte do PT, que não aceitou a falta de apoio dela à então presidente Dilma Rousseff (PT), durante o processo de impeachment. Marta deixou o PT em 2015.

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