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Cotidiano
Pedido é por atos infracionais supostamente cometidos enquanto o adolescente estudava em outra unidade escolar
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Peritos da Polícia Civil na Escola Estadual Thomazia Montoro, em Vila Sônia, após aluno atacar colegas e professoras à faca | Fernando Frazão/Agência Brasil
A Promotoria de Justiça de Taboão da Serra pediu a internação compulsória do adolescente de 13 anos, que atacou e matou a facadas uma professora na segunda-feira (27), por atos infracionais supostamente cometidos enquanto ele estudava em outra unidade escolar.
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O que o adolescente teria feito não foi informado pela promotoria porque o caso está em segredo de Justiça. A solicitação da internação compulsória foi feita nesta quinta-feira (30), apesar de uma primeira denúncia ter chegado ao órgão em 28 de fevereiro. O processo foi encaminhado ao Tribunal de Justiça de São Paulo.
O menor já está internado provisoriamente por causa do ataque.
Conforme mostrou a Folha, antes de atacar a escola Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste da capital, o menino já havia feito ameaças de ataque em outra escola que estudava no início do ano.
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A ameaça foi feita quando ele estava na escola estadual José Roberto Pacheco, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, em 28 de fevereiro deste ano. Nesse mesmo dia, uma funcionária da unidade registrou um boletim de ocorrência relatando o comportamento suspeito do jovem nas redes sociais e acionou também o Conselho Tutelar e a promotoria.
Na ocasião, uma promotora determinou em 1º de março que fosse feita uma avaliação psicológica dele, uma oitiva informal com ele e que a escola apresentasse um relatório sobre as medidas adotadas em relação ao estudante.
No entanto, nenhuma das determinações foi cumprida, já que no mesmo dia o pai do aluno solicitou a transferência de unidade escolar. No dia 6 de março, o Conselho Tutelar informou ao Ministério Público a mudança de domicílio da família do adolescente e, por isso, o caso saiu da Promotoria de Taboão da Serra e foi transferido para São Paulo.
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A promotoria não informou porque só nesta quinta-feira considerou que os atos infracionais cometidos pelo estudante antes do ataque justificam o pedido de internação compulsória.
O ATAQUE
Na manhã de segunda-feira (27), o estudante do oitavo ano do ensino fundamental matou a facadas a professora Elisabeth Tenreiro, 71.
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Câmeras de segurança registraram o ataque. O adolescente usava uma máscara de caveira, entrou correndo na sala de aula e parte para cima de Elisabeth, que estava em pé.
A docente, que não percebeu a aproximação do aluno, foi atingida nas costas e caiu no chão. Em desespero, alunos tentaram sair da sala, e alguns foram atacados pelo estudante.
Um segundo vídeo mostra o adolescente atingindo outra professora. Ele desfere vários golpes na mulher, que está em pé e tenta se proteger com os braços. Duas mulheres entram na sala, e uma delas consegue imobilizar o adolescente, enquanto a outra retira a faca das mãos dele.
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Ainda na segunda-feira (27), após o ataque, o secretário estadual de Educação, Renato Feder afirmou que a escola Thomazia Montoro "foi pega desprevenida". "Nesse período de permanência, a diretora não recebeu nenhum aviso e nem [teve] ciência de nada que chamasse atenção."
Na noite de terça (28), a Justiça determinou a internação provisória do adolescente.
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