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Obras do monotrilho da linha 17-Ouro em março de 2021 | Ettore Chiereguini/Gazeta de S.Paulo
Desde 2014 os paulistanos poderiam estar circulando pela cidade por meio da Linha 17-Ouro, que deveria ligar o Aeroporto de Congonhas ao Morumbi, passando por outras linhas do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Não foi o que aconteceu. Por má gestão e por inúmeros recursos na Justiça, as obras seguem caminhando a passos lentos. A última previsão de entrega do primeiro trecho era em 2022, mas uma nova ação judicial voltou a deixar indefinido o término dos trabalhos.
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Em dezembro do ano passado, o governador João Doria (PSDB) emitiu a Ordem de Serviço para que a empresa Coesa Engenharia iniciasse as atividades para o acabamento da via e de sete estações, retomando as últimas atividades pendentes para a implantação da linha.
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"Obra importante porque vai transportar mais de 170 mil pessoas por dia e também pelo impacto da recuperação urbana de toda área, proporcionando a valorização imobiliária, com paisagismo, segurança e uma ciclovia iluminada, sinalizada e interligada com a nova ciclovia do rio Pinheiros", celebrou o governador, à época.
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Após o início dos trabalhos, porém, as obras foram novamente alvo de contestação judicial. Em 29 de janeiro deste ano a 6ª Câmara de Direito Público, do Tribunal de Justiça de SP, atendeu ação movida pelo Consórcio Signalling e determinou a suspensão dos efeitos do contrato assinado em 27 de abril de 2020 entre o Metrô de São Paulo e o grupo chinês BYD na licitação internacional para o fornecimento dos trens leves e equipamentos.
O Consórcio Signalling alega que não houve condições iguais na concorrência e que a BYD foi considerada vencedora mesmo cobrando um valor maior.
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Contatado pela Gazeta, o Metrô de São Paulo informou que espera a decisão da Justiça sobre o caso. "Agora, o Metrô aguarda desfecho judicial no contrato de fornecimento dos trens, para seguir cronograma de abertura do trecho prioritário da linha, que terá 7,7 km, ligando ao Aeroporto de Congonhas à rede de transporte sobre trilhos no ano de 2022".
Ainda segundo a companhia, o governo paulista está atuando para entregar as obras iniciadas na gestão do então governador José Serra (PSDB) em 2010. "Uma das primeiras medidas da atual gestão do Governo do Estado foi rescindir o contrato de obras e compra de trens da Linha 17-Ouro, que estava paralisado. Novas licitações foram feitas e as obras de conclusão de sete estações, da via e do pátio foram retomadas no final do ano".
Era para a Copa
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A obra foi orçada em 2010 em R$ 3,1 bilhões, sendo R$ 1,082 bilhão em recursos federais de uma linha especial da Caixa Econômica Federal criada exclusivamente para financiar obras essenciais para a Copa do Mundo no Brasil. Em 2012, o governo paulista admitiu que não daria tempo de entregar para a Copa.
O primeiro trecho da linha 17-Ouro do monotrilho deveria ter 17,7 quilômetros. Agora, cerca de 10 km menor, a previsão é de o sistema transportar 171.150 pessoas por dia. De acordo com o "Diário do Transporte", portal especializado em transporte público da Capital, a demanda prevista para ser atendida é a de uma faixa comum para ônibus, mas o custo é bem semelhante a de um metrô de alta capacidade.
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Quando estiver pronta, a Linha 17-Ouro ligará o Aeroporto de Congonhas com a malha de transporte sobre trilhos de São Paulo. Com oito estações, a linha terá integrações com a Linha 9-Esmeralda da CPTM na estação São Paulo- Morumbi e com a Linha 5-Lilás do Metrô na estação Campo Belo. Quando estiver pronta.
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