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Cotidiano
Prédio histórico já foi a sede da Capitania Hereditária de Itanhaém, entre os anos de 1624 e 1679. Este ano completa 400 anos
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Casa de Câmara e Cadeia fica no centro histórico de Itanhaém | Nayara Martins/DL
Conhecer e divulgar o projeto de conservação e restauro do prédio da Casa de Câmara e Cadeia de Itanhaém. Esse foi o objetivo da palestra realizada na quarta-feira (31), na sede da Associação dos Engenheiros e Arquitetos (AEA) de Itanhaém, que reuniu profissionais da área, comerciantes e a população. A autora do projeto é a arquiteta e doutora Regina Helena Vieira Santos.
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O prédio foi sede da Capitania Hereditária de Itanhaém, entre os anos de 1624 e 1679. De Cabo Frio até o Uruguai, era a chamada região sul do Brasil. A Casa de Câmara e Cadeia completa 400 anos este ano.
O prédio da Casa de Câmara e Cadeia tem registros de construção no século XVII e passou por reforma no século XIX. É tombado como patrimônio histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat).
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Ela esclareceu alguns pontos sobre a importância de conservação e restauro do prédio histórico.O projeto é resultado de um trabalho de pesquisa de doutorado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, da arquiteta Regina.
A proposta foi contemplada por dois Proacs, em 2022 e em 2023, pelo Governo de São Paulo.
“Precisamos valorizar esse monumento histórico que tem um valor simbólico e representativo no País”, salienta.
No período colonial, o prédio funcionou como Cadeia na parte térrea com duas celas e na parte superior a Câmara. Hoje funciona o Museu Conceição de Itanhaém, localizado na Praça Carlos Botelho, no centro.
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“O projeto não prevê somente o restauro do prédio histórico, mas é uma proposta de educação patrimonial. Para que as pessoas possam conhecer o que tem na Cidade, valorizar e preservar”, destaca.
Cita ainda que o último restauro no prédio histórico ocorreu entre 1999 e 2000. Segundo Regina, alguns serviços de manutenções foram feitos de forma aleatórias, como pinturas que não seguem as cores originais.
“É preciso entender que qualquer intervenção na fachada do prédio histórico é uma intervenção no imóvel e isso depende da aprovação do Condephaat”, frisa.
Restauro e conservação
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A proposta propõe a acessibilidade universal, pois hoje o acesso à parte superior é feito por escada. E que a obra de restauro tenha um acompanhamento feito por arqueólogos.
Mostra ainda as diretrizes para a conservação do entorno do prédio. As diretrizes para o entorno envolvem a Praça Carlos Botelho, além de dar visibilidade aos monumentos históricos – a Igreja Matriz e o Convento Nossa Senhora da Conceição e a Casa de Câmara e Cadeia.
“A ideia é ter uma cronologia da história da Cidade nos séculos XVI e XVII e ter a cartografia, na parte térrea, além de preservar as celas. Já na parte superior pode continuar como uma sala de exposição temporária, além de ser um espaço multiuso com palestras”, completa.
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Ela lembra que o escritor e modernista Mário de Andrade, quando esteve em Itanhaém, escreveu os seus primeiros relatórios e fez o inventário para a conservação do patrimônio nacional, em 1921. Como o Iphan surgiu em 1937,os prédios históricos da Cidade foram tombados neste ano.
A proposta de restauro e conservação da Casa de Câmara e Cadeia já foi apresentada à prefeitura de Itanhaém. O prédio histórico é de responsabilidade do município. A Administração Municipal é quem deve arcar com os custos da obra de restauro.
“O projeto já está aprovado pelo Condephaat e pelo Iphan. Esperamos que ele se concretize ainda este ano”, conclui Regina.
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Também já foi exposto aos professores de História da rede municipal de ensino e ao Conselho Municipal de Cultura de Itanhaém.
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