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Cotidiano

Projeção de crescimento do PIB caiu para 1,5%

AFIRMAÇÃO DE GUEDES. "Estamos à beira de um abismo fiscal", afirmou o ministro da Economia durante uma audiência no Congresso

Matheus Herbert

15/05/2019 às 01:00

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Guedes repetiu que a reforma da Previdência é necessária 
para reverter o cenário de agravamento fiscal e o endividamento

Guedes repetiu que a reforma da Previdência é necessária para reverter o cenário de agravamento fiscal e o endividamento | /Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira que a projeção de crescimento "já caiu para 1,5%" e que, com isso, "começam os planejamentos de contingenciamentos".

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A projeção oficial do governo para o PIB ainda é de 2,2%, mas o "Estadão" mostrou na semana passada que o governo já trabalhava com um número menor, entre 1,5% e 2%, em linha com as projeções de mercado.

Em audiência na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso na tarde desta terça, Guedes disse que sempre olhou as estimativas de crescimento em torno de 2% "com ceticismo". "Havia expectativa de que reformas tivessem rapidez e antecipavam forte recuperação econômica", justificou. "Brasil está prisioneiro da armadilha de baixo crescimento, não é de hoje. Nunca achei que a
coisa seria fácil."

O ministro reforçou que a estimativa de crescimento das receitas é afetada pelo crescimento da economia e exemplificou que, se o Brasil crescer 1%, a receita vai crescer um pouco mais.

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Guedes repetiu que a reforma da Previdência é necessária para reverter o cenário de agravamento fiscal e o endividamento. "Nossa ideia é interromper bola de neve do endividamento ano que vem. A economia pode se recuperar com certa rapidez se fizer reformas encomendadas", afirmou.

Bolsa Família e BPC.

O pedido do governo ao Congresso para um crédito suplementar de R$ 248 bilhões reflete os problemas estruturais do Brasil e o recurso será usado para pagar a Previdência, o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o Bolsa Família e o Plano Safra, afirmou Guedes.

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"Estamos à beira de um abismo fiscal. Vamos nos endividar para pagar Bolsa Família, BPC, Plano Safra e as aposentadorias do regime geral, INSS. Estamos nos endividando para pagar despesas correntes. Não deveria ser normal", disse na CMO.

Dos R$ 248 bilhões pedidos no crédito suplementar, conforme Guedes, R$ 200 bilhões são para Previdência, R$ 30 bilhões BPC, R$ 6 bilhões Bolsa Família e quase R$ 10 bilhões do Plano Safra. Segundo ele, isso mostra o drama do tamanho do buraco do País.

"O buraco da Previdência virou um buraco negro fiscal que ameaça engolir o Brasil. Exatamente por isso que estamos pedindo um crédito suplementar para não quebrar a regra de ouro, que prevê que o País só pode se endividar se tiver investindo", destacou Guedes.

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COBRANÇA.

Durante a audiência, os relatores da comissão cobraram do governo mais diálogo e ainda que o Plano Plurianual (PPA) tenha impacto positivo para o Brasil.

O deputado Cacá Leão, relator do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) 2020, criti-cou a falta de diálogo do governo de Jair Bolsonaro. A exceção, segundo ele, é o ministro da Eco-nomia, que no começo não tinha experiência na articulação política, mas que já está "ficando craque".

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"O que a gente tem visto ultimamente é uma discussão onde o governo apenas fala. Falta diálo-go, porém, este adjetivo se assim posso chamá-lo não cabe a vossa excelência", disse Leão,
refe-rindo-se a Guedes, durante audiência da CMO. (AE)

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