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Cotidiano

Programa de passagem de avião a R$ 200 começa em Agosto e terá aplicativo

O público-alvo do Voa Brasil inclui aposentados, pensionistas e estudantes ou pessoas que possuam renda de até R$ 6.800

Isabella Fernandes

28/06/2023 às 14:07  atualizado em 28/06/2023 às 14:09

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Em março deste ano, França afirmou que, de acordo com seus cálculos, seria possível oferecer de 14 milhões a 15 milhões de passagens a R$ 200 por ano. O governo ainda pretende oferecer parcelamento em 12 prestações sem juros para impulsionar o programa.

Em março deste ano, França afirmou que, de acordo com seus cálculos, seria possível oferecer de 14 milhões a 15 milhões de passagens a R$ 200 por ano. O governo ainda pretende oferecer parcelamento em 12 prestações sem juros para impulsionar o programa. | Reprodução - Fernando Frazão/Agência Brasil

O Programa Voa Brasil, de venda de passagens aéreas por até R$ 200, terá um aplicativo no qual o consumidor poderá se cadastrar e ser beneficiado com o valor menor. A medida deve começar em agosto, segundo o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França.

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Em entrevista a Voz do Brasil na noite de terça-feira (27), o ministro afirmou que o desconto será dado a quem não realizou voos domésticos nos últimos 12 meses e detalhou o programa e as negociações no setor.
A ideia, segundo ele, é ampliar o público a ser atendido pelas aéreas para além dos que já viajam de avião habitualmente.

"Nós vamos criar um mecanismo novo, que é um aplicativo, que você vai digitar o seu CPF e se você não voou nos últimos 12 meses, você escreve lá: 'eu quero ir de Brasília a Manaus', aí vai te dar todas as opções, que é sempre por um único valor de R$ 200; R$ 200 de ida e R$ 200 de volta."

O público-alvo do Voa Brasil inclui aposentados, pensionistas e estudantes ou pessoas que possuam renda de até R$ 6.800. O limite seria para evitar que usuários recorrentes de voos comerciais utilizem o programa e comprometam as vendas das empresas.

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Na entrevista, o ministro afirmou que a intenção é incentivar novas pessoas a voarem. Segundo ele, as empresas aéreas acabam elevando o valor das passagens, tentando tirar o máximo dos que voam habitualmente. O motivo é que, como público da ponte aérea acaba sendo o mesmo, não há uma expansão do negócio, elevando a sustentabilidade.

"As empresas, elas acabam aumentando os preços tentando tirar o máximo de quem já voam. E isso é um equívoco, porque você fica rodando a mesma coisa nas mesmas pessoas", afirmou.

França detalhou que o programa é uma resposta a um pedido do presidente Lula, que solicitou a ele trazer para o país empresas aéreas low coast, com voos de baixo valor. Antes, porém, o ministro procurou as maiores companhias do país para propor o programa, como forma de incentivar os negócios e manter os  cerca de 15 mil empregos atuais dessas empresas.

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"O presidente Lula me pediu para trazer para cá para o Brasil o que a gente chama de low cost, que são empresas que voam mais barato, e nós estamos trazendo. Elas vão chegar ainda neste ano aqui no Brasil. Mas eu achei justo avisar as três empresas que fazem no Brasil, que têm 10, 15 mil funcionários", falou.

"Olha, nós vamos trazer low cost, vocês não querem aproveitar e fazer um preço mais barato de vocês antes que elas cheguem?", foi o que o ministro afirmou ter dito às companhias. "Quando elas chegarem, elas vêm arrasando, elas fazem um preço muito mais barato. E elas [empresas do Brasil] toparam", contou ele, sobre a negociação com as aéreas brasileiras.

Em março deste ano, França afirmou que, de acordo com seus cálculos, seria possível oferecer de 14 milhões a 15 milhões de passagens a R$ 200 por ano. O governo ainda pretende oferecer parcelamento em 12 prestações sem juros para impulsionar o programa.

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O programa visa vender os assentos vagos de voos que não consegue ocupar toda a aeronave, gerando uma demanda ociosa de oferta. Nos meses de março a novembro, estima-se que aproximadamente 21% dos assentos não são ocupados, informou o ministro.

Segundo França, o atual modelo de negócio das companhias aéreas é equivocado por encarecer o custo de viagem com tarifas e serviços adicionais e impede que novos usuários possam ter acesso à modalidade.
As três principais companhias aéreas brasileira —Latam, Gol e Azul— já aceitaram participar do programa de barateamento de passagens, de acordo com o ministro.

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