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Clientes têm percebido alterações nos produtos alimentícios nas prateleiras de supermercados | Arquivo/EBC
A pandemia, a inflação e o cenário econômico têm provocado alterações nos produtos encontrados nos supermercados. Quem vai às compras para abastecer a geladeira tem se deparado não só com preços mais altos, mas também com alterações na quantidade dos produtos por embalagem e, em alguns casos, até na fórmula de sua composição.
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Leite sobe 28%
O leite é um dos alimentos que mais sofreu alterações no mercado. De acordo com o boletim do Centro de Inteligência do Leite, elaborado pela Embrapa Gado de Leite, o preço do leite UHT em dezembro de 2019, período pré-pandêmico, era de R$ 2,48 no atacado. No levantamento mais recente, realizado neste mês, o produto já é vendido por R$ 3,19 por litro, representando um aumento de 28,6%, bem acima da inflação deste ano que é de 10,1% em 12 meses.
Diante da alta do leite, empresas já tem oferecido alternativas para o consumidor. Alguns supermercados da Grande São Paulo passagem a disponibilizar na mesma prateleira dos leites UHT, um tipo de bebida láctea, parecida com o laticínio. O preço, porém, não é muito mais baixo que o do leite "regular".
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Leite condensado muda de fórmula
Quem costuma preparar sobremesas e usa leite condensado na receita pode ter percebido que muitas marcas passaram a substituir a versão integral de seus produtos por uma "mistura láctea". É o caso da fabricante Nestlé que lançou em 2022 um produto com a marca Moça, mas que não é de fato um leite condensado.
Encontrado nas prateleiras por R$ 6,69 a unidade, em meados de maio, o produto tem embalagem similar ao do leite condensado tradicional da fabricante, mas tem em sua composição "soro de leite e amido”.
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A Nestlé diz que "O produto é uma alternativa ao leite condensado com menor desembolso para as famílias brasileiras que querem continuar preparando suas receitas sem abrir mão da segurança do resultado e da qualidade Nestlé”.
Produtos que tiveram embalagem reduzida
Um dos efeitos observados nos produtos alimentícios mesmo antes da pandemia é a diminuição da quantidade por embalagem. Exemplo clássico deste efeito são as caixas de bombons de chocolate que antes tinham, em média, 400 gramas de peso, e são atualmente vendidas com 295g por unidade.
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Biscoitos recheados também não escaparam do efeito de redução de embalagem. Antes comumente vendidos em embalagens de 200 gramas, atualmente aparecem, em grande maioria, com peso unitário de 126g. Além disso, as fabricantes estão, aos poucos, abandonando a embalagem na qual os biscoitos ficam empilhados e passam a oferecer o chamado flowpack, na qual os biscoitos ficam lado a lado.
Sabonetes tiveram redução de cerca de 10 gramas nos últimos anos. Antes presentes em embalagens de 100g, os produtos agora têm em média somente 90.
Alguns consumidores podem também não ter percebido, mas embalagens de iogurtes também diminuíram de tamanho. O efeito é mais nitidamente percebido naquelas cartelas com seis potes individuais que antes tinham cerca de 720 gramas, no total, e agora aparecem nas prateleiras com uma média de peso de 540g.
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