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Cotidiano
Bolsonaro não falou em reajuste salarial, mas disse que haverá melhora no poder aquisitivo, em especial para a Polícia Rodoviária Federal
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Jair Bolsonaro (PL) | Pedro Ladeira/Folhapress
Diante da insatisfação dos servidores públicos com o reajuste de 5% oferecido pelo governo federal, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (17) que lamenta a perda do poder aquisitivo do funcionalismo e prometeu uma recuperação "em breve". Bolsonaro não falou em reajuste salarial, mas disse que haverá melhora no poder aquisitivo, em especial para a Polícia Rodoviária Federal.
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"Lamentamos a perda do poder aquisitivo por causa da política do fique em casa, a economia a gente vê depois, e de uma guerra lá fora. Mas estamos voltando à normalidade. Lamentamos o poder aquisitivo dos servidores públicos, mas tenho certeza que brevemente isso será recuperado, em especial a Polícia Rodoviária Federal, que está nos acompanhando neste momento", afirmou, em discurso na cidade de Propiá, no Sergipe, onde foi inaugurar a duplicação de um trecho de 40 quilômetros da BR 101.
O presidente também exaltou medidas como corte de impostos e a criação do Pix, o sistema de pagamentos instantâneos criado em 2020. Bolsonaro, no entanto, disse que qualquer usuário que opere no Pix passaria a ser um microempresário.
"Além de diminuir impostos em vários produtos da cesta básica e zerar imposto do óleo diesel, também criamos o Pix, onde cada um que, porventura, passe a operar o Pix, passou a ser um microempresário. Fazemos um governo, apesar dos poucos recursos e dos problemas, de realizações", afirmou.
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De acordo com dados do site do Banco Central, o Pix conta com mais de 126,5 milhões de usuários cadastrados.
As microempresas têm faturamento anual de até R$ 360 mil e empregam até 9 pessoas no comércio e serviços ou 19 pessoas no setor industrial.
Bolsonaro planejou dar reajustes, neste ano de eleições, apenas às Polícias Federal e Rodoviária Federal, que considera parte de sua base eleitoral. No entanto, a reação de servidores de várias áreas, que chegaram a entrar em greve - em especial do Banco Central-, forçou o governo a distribuir os recursos previstos no Orçamento para todos os servidores, o que levou a um reajuste de apenas 5%.
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A decisão, no entanto, continuou a não agradar, por não repor nem mesmo a inflação dos últimos 12 meses, e ainda insuflou uma revolta na PF, que cobra a reestruturação da carreira - com aumentos salariais correspondentes- prometida por Bolsonaro.
Por causa das eleições gerais de outubro, o governo está proibido por lei de dar reajustes maiores que a inflação aos servidores.
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